terça-feira, outubro 28

Djamolidine Abdoujaparov

Não se assustem com o título!
Apesar do esquisito nome este é um dos ciclistas que me faz ter pena de não ter nascido uns anos mais cedo só para o poder ver sprintar. Mas como não nasci, decidi hoje fazer um post sobre ele, em parte por estarmos no final da temporada e com pouco para falar, mas também por ser justo fazer uma menção a um dos mais proeminentes sprinters da sua geração.

Biografia

Abdoujaparov nasceu no Usbequistão no dia 28 de Fevereiro de 1964. "The Tashkent Terror" ("O Terror de Tashkent*") foi a sua alcunha como ciclista devido à sua ferocidade nos sprints. De facto, o seu estilo pouco ortodoxo motivou inúmeras quedas.

Uma das suas rivalidades mais intensas foi protagonizada com Laurent Jalabert na disputa pela camisola dos pontos da Volta a França: em 1991, ganhou Abdoujaparov; em 1992, Jalabert; em 1993 e 1994 de novo Abdoujaparov; por fim, em 1995, ganhou Jalabert.

A sua última vitória no Tour data de 1996 quando se aproveitou de uma fuga para vencer uma etapa acidentada. No ano seguinte, decidiu retirar-se da competição ao mais alto nível.

*capital usbeque

Fonte: wikipedia.org

Acerca de Djamolidine Abdoujaparov:
- tributo
- duelo com Zabel
- grande queda
- artigo sobre a sua última vitória na Volta a França (inglês)

sábado, outubro 25

Cervélo Team

Em época de crise a surpreendente Cervélo Team continua a dar que falar. Depois de assinar os líderes Carlos Sastre e Thor Hushovd, a equipa canadiana continua a reforçar-se de forma muito inteligente.
Vamos então debruçar-nos sobre as contratações da nova aposta da Cervélo, a sua equipa de ciclismo:
- Daniel Lloyd: referencia como um bom contra-relogista e trepador este ciclista britânico é pouco conhecido devido a nunca ter competido em nenhuma equipa europeia de maior realce. Efectivamente, chegou a competir na Giant Asia (equipa asiática) e no ano passado teve ao serviço da equipa belga de menor nomeada, DFL-Cyclingnews-Litespeed. Vamos ver como reage à pressão da maior notoriedade que vai ter este ano.

- Jeremy Hunt: sprinter australiano que prometeu mais que o que veio a provar. Esteve na Bigmat mas foi na Bookmaker que se destacou. A Credit Agricole apostou na sua contratação, mas o facto de ter de trabalhar para Hushovd (é a sua sina...) não o tem permitido brilhar no panorama internacional.

- Phillipe Deignan: jovem irlandês ex-AG2R. Mostrou ser um ciclista com qualidade na época passada, muito combativo. Será sem dúvida um bom gregário que se confirmar a sua qualidade poderá ter outras oportunidades.

- Hayden Roulston: ciclista neo-zelandês forte rolador com um boa ponta final. Será muito útil a Hushovd tanto na perseguição a fugas como para o sprint final. Tem capacidade para fazer resultados interessantes em provas com pouca montanha.

- Andreas Klier: germânico que foi para uma equipa de segunda numa das melhores fases da sua carreira. Este ano terá a oportunidade de voltar a brilhar nas clássicas
da primavera, sendo um forte candidato a ganhar algumas delas, caso se apresente na sua melhor forma.

- Marcel Wyss: ciclista completo que constitui uma das principais esperanças suíças da actualidade. Este ano deverá ter mais algumas oportunidades na equipa canadiana do que no ano passado na Scott.

- Ignas Konovalovas: talento lituano no contra relógio. Jovem de 22 anos que já por 2 vezes venceu o campeonato de contra relógio do seu país. O ano passado venceu uma etapa na Volta ao Luxemburgo bem como a classificação de melhor jovem da prova.

- Simon Gerrans: ciclista australiano completo, mas mais dotado para ajudar Hushovd a vencer etapas na Volta a França. Talvez a sua etapa conquistada no Tour de 2008 lhe venha a granjear outras oportunidades de brilhar.

- Iñigo Cuesta: ciclista espanhol extremamente experiente será o fiel escudeiro de Sastre na sua luta pelo top 3/5 do Tour do próximo ano.

- Xavier Florencio: ciclista relativamente semelhante a Andreas Klier, interessante para corridas de um dia. Vamos ver se recupera as boas prestações e a boa forma, porque poderá tornar-se um contratação muito útil para a Cervélo.

Esta equipa ainda contratou outros ciclistas de menor nomeada: Martin Reimer (talento alemão; ex - LKT Team-Brandenburg), Rasch (ex - Credit Agricole), Joaquin Novoa Méndez (ex - Team Avila Rojas Ceuta) e Serge Pauwels (ex - Chocolade Jacques-Topsport Vlaanderen).

quinta-feira, outubro 23

Tour 2009

Recentemente foi lançado o perfil da edição de 2009 da Volta a França em Bicicleta. Este é o balanço que está no site da prova:
* 10 étapes de plaine,
* 7 étapes de montagne,
* 1 étape accidentée,
* 2 étapes contre-la-montre individuel,
* 1 étape contre-la-montre par équipe.

Indo por partes.

Creio que é normal existirem 10 etapas em terreno plano. É complicado e também pouco entusiasmante ver uma volta com demasiada montanha já que isso acaba por retirar a "particularidade" destas etapas. Espero que a organização saiba distribuir bem as montanhas de 3ª e 4ª categoria por estas etapas de modo a termos uma luta acesa pela camisola das bolinhas. A luta dos sprinters será também um ponto muito interessante nestas etapas mas o facto de ser o primeiro Tour com Erik Zabel definitivamente afastado da competição de alto nível, faz com que vá seguramente sentir uma ponta de nostalgia.

Não percebo quando dizem 7 etapas de montanha e depois apenas 1 etapa acidentada portanto vou considerar 8 etapas de montanha. Parece-me um número razoável de etapas em terreno montanhoso mas não posso deixar de protestar contra o facto de haverem apenas 3 chegadas em alto. Se é uma medida para lutar contra o doping, acho-a errada porque não devem ser as provas mas sim os métodos de controlo a mudar. Infelizmente isto faz com que a prova vá ser decidida em apenas 3 dias porque já nem sequer o contra relógio vai influenciar em grande medida o resultado final.

A quilometragem dos cronos foi reduzida para um total de 55 km o que significa 2 coisas: menos espectacularidade da prova (aprecio bastante o contra relógio) e que vamos ter um contra relógio de Volta a Portugal na Volta a França (sendo que a França é inúmeras vezes maior que Portugal). O menos mal é que teremos o regresso dos contra relógios colectivos, ainda que a sua contribuição para a classificação geral individual seja moldada artificialmente.

Em suma, é um percurso que não permite tirar grande ilações acerca do que vai ser a Volta a França do próximo ano. Não gostei do número de chegadas ao alto ser tão reduzido nem da redução da quilometragem dos contra-relógios. Para equilibrar a balança vou dizer que apreciei o regresso do crono por equipas e do facto de termos a subida ao Mont Ventoux na penúltima etapa da prova.

terça-feira, outubro 21

Continuação do blogue

Ora bem, como o meu colega SEMPRENARODA já anunciou ele irá abandonar o blogue. Eu ponderei fazer o mesmo mas acho que ainda este blogue ainda tem potencial para continuar mais uns tempos. Eu ainda vou manter este blogue por mais algum tempo provisoriamente e, após um período de reflexão decidirei definitivamente se ficarei com o blogue ou não.
Como sabemos um blogue é alimentado pelas visitas e comentários dos seus leitores e todos os autores dos posts gostam e ficam motivados com o facto dos seus posts serem comentados já que isso favorece o debate e ajuda os autores a melhorar.

Resumindo, a partir daqui irei passar assumir a "gerência" com a participação possível do seu fundador. Estarei num período provisório até decidir ficar ou abandonar o blogue. Espero que continuem a gostar do blogue como até aqui.

domingo, outubro 19

Fim de época...

Realizou-se ontem o Giro de Lombardia, uma das minhas provas preferidas mas que este ano a corrida em si foi algo modesta, a meu ver faltou alguma emoção no fim. Mais uma vez ficou comprovado que o Cunego é um grande especialista neste tipo de corridas e não em Grandes Voltas como pretende ser.


Como têm reparado os posts têm vindo a escassear, isto deve-se ao facto de a época estar a acabar e também o meu semestre de aulas ter começado, assim sendo decidi parar e talvez encerrar este espaço.

Estive a falar com o Lopes, o outro colaborador deste blog e ele ainda pondera continuar, se for o caso continuarei também a escrever quando a saudade apertar.

Apesar de eu terminar aqui a minha função irei continuar a estar atento ao ciclismo, ficam aqui alguns sites de ciclismo que costumo e vou continuar a visitar:

http://www.podiumcafe.com/

http://magliarosa.wordpress.com/

http://xiclista.blogspot.com/

http://www.europeloton.com/

http://cyclingfansanonymous.blogspot.com/

http://www.pezcyclingnews.com/


Deixo também aqui a classificação do Jogo Sempre Na Roda onde a equipa vencedora foi a Na_Cola:


Equipas:

Na_Cola----------------------------(Leónidas)-----------------1561 pontos

Pão de Queijo----------------------(Gabriel Vargas)------------ 1470 pontos

Centro de Estudos de Fátima-------(David Rosa)----------------1173 pontos

Papa-Léguas-----------------------(Rui Ferreira)--------------1156 pontos

Cara no Vento----------------------(Marcelo Guazzelli)---------1125 pontos

Sobre_Rodas-----------------------(Mind_Peter)--------------1063 pontos

FC Porto---------------------------(Paulo Martins)-------------1022 pontos

Led_Team-------------------------(Rainden)------------------992 pontos

My team--------------------------(Volrath)-------------------935 pontos

Bettof team------------------------(Bettof)--------------------748 pontos

Los Cambitos----------------------(Fernando Saracura)-------625 pontos

Faça o download do excel com as pontuações completas neste link.


Agradecer ainda a todos que contribuiram para este espaço com ou sem comentários.

terça-feira, outubro 14

Algumas notas

Já passou algum tempo depois do meu útlimo artigo aqui neste site, por isso há algumas notícias ainda por abordar.

Começo com uma que na minha opinião é positiva, Lance Armstrong anunciou que irá correr o Giro no próximo ano, algo que nunca o fez. Penso que será bom tanto para a publicidade desta corrida, talvez atraia novas pessoas a ver este grande evento, como também poderá acrescentar competitividade pois no próximo ano a julgar pelos possíveis participantes, esta não será assim tanta. Talvez assim Alberto Contador continue na equipa. Com Armstrong a participar nesta corrida é quase certo que o espanhol será o líder da Astana no Tour de France, Armstrong deverá ser o plano B.
O americano tal como fez no Tour 2003 ao vencê-lo, no Giro poderá fazer semelhante feito se vencer em 2009 onde este comemora também o seu centenário.

Passando agora a duas notícias sobre doping: Stefan Schumacher e Bernhard Kohl da Gerolsteiner acusaram CERA no Tour de France. Eram os dois previsíveis apesar de eu não querer acreditar especialmente no primeiro. Mais uma vez não são apenas os da “old school” ou “velha guarda” mas um jovem como é caso de Kohl, mais uma vez ao lado de um seu colega de equipa mais velho e já com historial nestas andanças (Piepoli & Riccó). À semelhança de Piepoli, Schumacher já teve suspeitas e até casos confirmados, infelizmente continuam a existir pessoas dispostas a que a nova geração não se esqueça deste veneno. Hans-Michael Holczer o director desportivo desta equipa anunciou a retirada do ciclismo, um director muito interventivo na luta contra o doping mas que ficou mais que provado que sem um programa interno rigoroso, com controlos de treinos, médicos, treinadores e de valores sanguíneos, haverá sempre um ou outro corredor que tratará de manchar o resto da equipa. Olhando para os desempenhos destes dois no Tour de France, é caso para dizer que milagres ainda não podem acontecer no ciclismo... infelizmente.

Francisco Mancebo (Fercase-Rota dos Móveis) venceu a geral da Vuelta a Chihuahua Internacional e Javier Benitez (Benfica) venceu três em etapas. A última etapa espelhou bem o nível desta corrida com o Benitez a dar 2 segundos de avanço ao segundo no sprint final!! Há rumores que indicam Mancebo na Rock Racing para a próxima época.




Finalizo agora com uma notícia que me deixou muito feliz neste fim de semana, Phillipe Gilbert obteve a sua maior vitóra da carreira, a clássica que mais uma vez não foi para os sprinters: o Paris-Tour. São corredores como Gilbert que dão espectacularidade às corridas e que sabemos que se ele está presente, então fará tudo para atacar e para vencer mesmo que as probabilidades sejam quase nulas. Assim de repente, lembro-me que o belga atacou na Liege-Bastogne-Liege (La Redoute), Milan San Remo, Tour de Flandres, Gent Wevelgem ao lado de Pozzato, venceu a Omloop Het Volk à La Merckx; enfim, faria aqui uma lista de fugas mal sucedidas que o belga tentou só este ano. Foi sem dúvida merecidíssimo esta vitória assim como realçar o imprescindível trabalho de Mickael Delage que nos últimos quilómetros deu tudo o que tinha e não tinha pelo seu companheiro de equipa.
Pena é que para o ano Gilbert estará na Silence-Lotto e não terá uma equipa disposta a o ajudar nestas façanhas.

segunda-feira, outubro 6

Mercatone Uno

Numa altura em que as provas (bem como o tempo) escasseiam o debate em torno do ciclismo está a atingir um merecido descanso para férias. Nesta altura, para além de alguns casos de doping sobre os quais não me apraz escrever temos apenas algumas notícias sobre o badalado regresso de Lance Armstrong, também já aqui muito discutido. Por este modo decidi hoje "inovar" um pouco pelo que vos apresento a descrição de uma das equipas que marcou o passado recente do ciclismo mundial. É um texto muito baseado nos conteúdos da wikipédia mas, sendo uma espécie de biografia, nem me parece desadequado. Espero que apreciem e que a nostalgia se apodere de vós.

Mercatone Uno
Cadeia de supermercados italiana que iniciou o patrocínio à equipa de ciclismo em 1992 com o nome de Mercatone Uno-Zucchini, filiada em San Marino. Em 1993 obteve a classificação por pontos no Giro por Adriano Baffi. este acabou mesmo por ser o único feito da equipa nesta sua primeira fase já que em 1995, acabou. No entanto, o fim da Mercatone estava longe.
Em 1997 renasceu com o mesmo sponsor mas com uma estrutura renovada tendo-se filiado em Itália. Tal estrutura era baseada em Marco Pantani. este facto era tão notório que inclusivamente Gimondi comparou a estratégia da equipa á estratégia da equipa Bianchi dos anos 40 (baseada em Fausto Coppi).
Ainda em 1997 Marco Pantani acabou em 3º o Tour vencendo diversas etapas (Alpe D'Huez por exemplo).

No ano seguinte venceu tanto o Giro como o Tour tornando-se apenas o 7º ciclista a fazer a dobradinha Giro-Tour na história. Pantani dedicou estas vitórias ao recentemente falecido Luciano Pezzi, antigo director desportivo da equipa. Ainda no decorrer destes triunfos o director da cadeia de supermercados, Romano Cenni, afirmou que patrocinaria o ciclismo até que Pantani fosse ciclista (hum... onde é que já vi isto... Madaíl - Scolari... talvez)
Em 1999, quando estava a dominar o Giro foi suspenso devido a um elevado nível de hematócrito (abundância excessiva de glóbulos vermelhos o que faz com que o oxigénio seja transportado mais rapidamente, favorecendo o desempenho do corredor particularmente me alta montanha). Como consequência, toda a Mercatone abandonou a corrida.
Em 2000 a Mercatone ganhou efectivamente o Giro através de Stefano Garzelli que agradeceu a ajuda de Pantani. Garzelli viria a abandonar a equipa nesse mesmo ano apesar de ter contrato por mais um.

Quando Marco Pantani abandonou o Giro de 2002 existiram vários rumores que davam a equipa como extinta. Apesar disso a cadeia de supermercados viria a manter o patrocínio à equipa de ciclismo por mais um ano.
Em 2003 Pantani acabou em 14º o Giro acabando a equipa por ser extinta no fim desse ano devido à mais que provável retirada de Pantani. Muitos dos seus corredores acabaram integrados na sul africana Barloworld.

Designações ao longo dos anos:
1992-1993 Mercatone Uno-Zucchini
1994 Mercatone Uno-Medeghini
1995 Mercatone Uno-Saeco
1997 Mercatone Uno
1998-1999 Mercatone Uno-Bianchi
2000 Mercatone Uno-Albacom
2001 Mercatone Uno-Stream TV
2002 Mercatone Uno
2003 Mercatone Uno-Scanavino

Directores desportivos:
- Franco Gini (1992-1995)
- Luciano Pezzi (1997-1998)
- Franco Cornacchia (1999)
- Manuela Ronchi (2000-2002)

sábado, outubro 4

Frank Schelck, mais um "paciente" do Dr Fuentes?

Parece que vai estoirar mais um escândalo de doping no mundo ciclopédico. O chefe da Agência Anti-Doping Francesa anunciou no início do mês de Setembro que havia alguns testes de urina que foram suspeitos quando testados à procura da nova EPO, a chamada CERA. A Gazzeta já avançou que serão 14 corredores os que usaram CERA durante o Tour de France deste ano.

Há cerca de uma semana atrás um jornal alemão deu a notícia que Frank Schleck da Team CSC Saxo Bank depositou 7000 mil euros em 2006 na conta suíça do Dr Fuentes (o médico que esteve implicado na Operation Puerto). Hoje, ele e a sua equipa emitiram um press release onde o próprio admite ter cedido essa quantia para que o médico lhe desse conselhos de treino, mas nada de doping claro!!

Bjarne Riis já tem um passado com este médico, Tyler Hamylton e Ivan Basso foram dopantes da sua equipa e que mantinham ligações com o Doctor Fuentes, Jan Ulrich foi outro mas noutra equipa. Com a OP, estes gigantes começaram a “tombar” depois de implicados, mas muitos escaparam, Frank Schleck muito provavelmente foi um deles. Em 2006 não era nenhuma estrela e não tão bem paga como os três mencionados anteriormente, e comparando os pagamentos a esse médico de Basso e Ulrich onde a quantia ascendia a 40 mil euros, a de Schleck deveria ser uma simples iniciação, de doping ou não, esperemos descobrir. Mas a verdade é que o luxemburguês nunca teve um controlo positivo.


2006 foi o ano de afirmação de Frank ao vencer a Amsteal Gold Race.
Foto cedida por:
Capture-the-Peloton


Mais, com esta notícia Frank também assombra a carreira do seu irmão, um jovem de 21 anos a ficar em 2º no Giro, é preciso sem dúvida um grande talento mas será preciso mais?

É cada vez mais evidente que Riis esteve envolvido com doping na CSC. Talvez apenas antes da OP, depois apercebeu-se que cada vez está mais apertado e decidiu aderiu ao programa do Dr. Rasmus Damsgaard.

Frank Schleck está suspenso pela sua equipa, até novas conclusões.

Ao contrário de Riccó, a irmandade dos Schleck é sem dúvida uma das mais acarenhadas pelo público em geral (inclusive eu), será assim mais uma forte machadada nos fãs que sofrem pelos seus ídolos. Entretanto a OP apesar de arquivada, pelo menos no ciclismo é certo que ainda vai dar muito pano para mangas.

Texto interessante sobre este assunto: Ciclismo2005

quarta-feira, outubro 1

Crise económica

Para aqueles que acham este tema uma seca não se assustem com o título. Este texto vai ser uma espécie de "economia aplicada ao ciclismo" que como irão ver é um tema muito pertinente nesta altura.

Ora bem como todos sabemos esta crise económica global é das maiores da última década e consequentemente, das que mais consequências nefastas tem produzido. Já assistimos à ruptura de bancos, seguradoras, entre outras instituições. Felizmente para nós e pelas notícias provenientes do BCE temos a ideia que as instituições financeiras europeias, apesar de igualmente abaladas, continuam com condições de resistir a estas ameaças.

É exactamente neste ponto que entra o ciclismo. Se olharmos atentamente muitos dos patrocinadores das principais equipas do pelotão são instituições financeiras: AG2R, Caisse D'Epargne, Cofidis, Credit Agricole, Rabobank, CSC Saxo Bank, são alguns exemplos. Se estas rupturas nos EUA se estendem à Europa a continuidade de muitas destas equipas pode ser posta em causa o que seria muito mau para o ciclismo já que são equipas do top, necessárias para manter a competitividade que tem pautado este desporto ao longo dos anos.

Também não nos devemos esquecer que esta crise vai provocar uma diminuição no consumo das famílias que vai também afectar negativamente todas as outras empresas que poderão ver os seus lucros reduzidos o que poderá fazer com que esfrie o seu investimento no ciclismo ou mesmo que ele deixe de existir.

Por fim queria aqui deixar um pedido de desculpas a todos os economistas esta crise é consequência de muitos outros complexos factores que eu não referi. Fiquei-me pelo básico, talvez por querer focar-me mais no ciclismo, talvez por não saber mais, mas o único sentimento que extraio daqui é preocupação. A economia e o ciclismo são indissociaveis. E a economia está mal...