segunda-feira, setembro 29

Mundiais e duas despedidas.


Os Mundiais costumam ser emocionantes e este não foi excepção, a uma certa altura estava a ver que a corrida de ontem iria acabar num grupo enorme ao sprint, mas os italianos certificaram-se que isso não iria acontecer. Sem dúvida a selecção mais forte, uma das que atacou mais e quando era bem sucedido, tinha sempre mais de um homem ao contrário dos espanhóis que andaram no limite. Enquanto que na última volta apenas Joaquim Rodriguez e Garate conseguiram responder, na Itália era Cunego, Ballan, Rebellin e até Tossato que estavam constantemente na frente, assim não foi surpresa a esquadra azul ter esta vantagem no grupo decisivo. Outra selecção que teve em destaque foi a Bélgica, a uma certa altura pareciam que estavam todos dedicados a Boonen com Gilbert e Nuyens a puxar na frente do pelotão, mas na última volta tanto Nuyens como Van Goolen não resistiram e passaram ao ataque. Boonen no fim comentou a sua desilusão com os seus colegas pois sentia-se óptimo para um sprint final e já tinha avisado-os o que deveriam fazer, no entanto Nuyens afirma que no seu rádio disseram-lhe que Boonen já tinha abdicado da vitória!!

A equipa surpresa se assim se pode dizer foi a Dinamarca, ou talvez a CSC dinamarquesa já que tanto Breschel como Nikki Sorensen são colegas de equipa. Conseguiram entrar no grupo da frente, e Soresen foi fundamental para a sobrevivência deste grupo ao puxar quando este ainda era indefinido, ajudou também ao jovem Matti Breschel arrecadar o bronze para esta gélida nação.


Alessandro Ballan (à esquerda) é o novo Campeão do Mundo. Foi seguido de Damiano Cunego (à direita) seu colega de selecção e de equipa (Lampre), e o medalha de bronze foi o jovem Matti Breschel (Dinamarca).
Fotos cedidas por:
cyclingview.be


Quanto a Portugal não podemos dizer que foi mau, mas também não foi brilhante. Sérgio Paulinho fez o que pôde, talvez ficou à espera da última subida para mover-se no entanto o pelotão começou a partir-se antes, e só mesmo quem estava na frente conseguiu se manter lá, foram poucos os que recuperaram até ao primeiro grupo (Rebellin foi um deles pelo que me recordo...).

O aspecto negativo foi mesmo a realização, a começar pela prova de sub23 com o aparecimento quase mágico de Rui Costa no grupo da frente, e hoje nas últimas voltas onde os telespectadores andaram desnorteados procurando perceber a situação da corrida.

Apesar de tudo, a imagem do dia foi esta, a retirada de dois Campeões. Sinceramente a de Zabel não esperava pois pensei que ainda aguentasse mais um ano, assim sendo aposto cada vez mais numa mudança de Gerald Ciolek para a Team Milram. Arrisco a dizer com alguma certeza que Erik Zabel é o sprinter com maior historial de sempre na história do ciclismo, que não sendo muitas vezes o mais rápido, era o mais consistente; esta é sem dúvida a característa que ficará na minha memória e de muitos que o viram. Esquecendo o facto de se ter limitado a jogar pelas regras na década de 90, parece-me que foi um corredor que sempre honrou o ciclismo e adorava a bicicleta, prova disso é a quantidade de corridas que fazia por ano. Nestas últimas épocas notou-se também a “falta de pernas”, mas que compensou com a sua experiência e excelente posicionamento que resultava num quase certo top5 nas etapas que disputava. Quanto a Bettini apesar de afirmá-lo que não, caso vencesse pela terceira vez iria com certeza continuar, assim sendo, parece que é definitivo. Dois grandes símbolos de uma geração difícil mas vitais à continuidade de muitos amantes desta modalidade.

sábado, setembro 27

Rui Costa

É complicado escrever hoje sem ser sobre o ciclista do Benfica que tão bem representou a nossa selecção nos campeonatos do mundo de sub 23 tanto em estrada como no contra relógio.
Depois do bom 8º lugar que obteve no crono, ficou apenas a 2 lugares do pódio na prova em linha, manifestando-se desapontado por ter atacado demasiado tarde.

Estas prestações já motivaram o interesse de várias formações de relevo do ciclismo internacional, entre as quais a Caisse D'Epargne que admitiu mesmo ter observado o ciclista português durante estes mundiais. Ora, tal publicidade é óptima para o ciclista português, sobretudo para estes novos ciclistas da geração de Rui Costa que, por arrasto, são igualmente alvos de atenção internacional.

Como eu já referi em texto passados, sinto-me desagrado por apenas termos 2 ciclistas a competir em equipas de maior relevo internacionalmente e por não termos qualquer equipa a representar as cores nacionais nas maiores provas do calendário. Por este motivo estas brilhantes prestações dos corredores protugueses deixam-me duplamente agradado porque fornecem ao nosso ciclismo algum mediatismo sempre necessário para que algo se torne popular e atractivo.

Este ano foi muito positivo para o ciclismo português que obteve várias conquistas importantes dentro de portas e fora delas conseguindo-se também alhear da publicidade negativa proporcionada pelo doping. A vitória na Taça das Nações, esta boa prestação nos mundiais, a vitória da equipa de Paulinho na Vuelta, a vitória de uma equipa portuguesa na Volta a Portugal, tudo isto constituem pequenos acontecimentos que quando juntos fazem com que seja possível apresentar uma excelente montra do ciclismo português.

sexta-feira, setembro 26

Armstrong na Astana e Contador...

O americano já assumiu que irá para a Astana, seria a equipa mais provável pois a sua cumplicidade com Johan Bruyneel é impossível de ser quebrada. O debate continua pelos fóruns, blogs, e a grande questão é o que fará Contador?


Alberto terá que abdicar do Tour caso continue na Astana, coisa que não pretende como já referiu à marca.com, depois de um ano ausente o seu intento é de voltar em 2009 para vencer outra vez. No entanto Armstrong também prentede isso, Bruyneel sabe que o amerincano é um projecto de um ano enquanto o espanhol é o futuro “Armstrong”, na próxima década com certeza que ainda dará vitórias em qualquer das grande Volta. Equipas atrás dele não faltam, Caisse d’Epargne seria uma das possíveis, assim como a Kayutsha, enfim, uma que tenha um bom suporte financeiro.


Uma coisa é certa, os três (Levi, Lance e Contador) ambicionam ir ao Tour 2009 com perspectivas de lutar pela geral, coisa que poderia acontecer caso fossem só dois, três parece-me impossível, alguém terá que abdicar. Assim, ou Bruyneel convence Contador a dedicar-se outra vez ao Giro e à Vuelta e deixa o Tour para Armstrong e Leipheimer, ou então Leipheimer vai embora, que também é uma possibilidade e Contador estaria ao lado de Armstrong no Tour. Sinceramente não acredito que os três líderes continuem juntos, ambos querem o Tour, e no caso dos dois americanos será a sua última oportunidade de serem bem sucedidos.

Existe ainda muitos cépticos no regresso de Armtrong ao ciclismo que começará no Tour Down Under, a verdade é que teremos outro português a trabalhar para o americano, esperemos que no Le Tour também.



Hoje (sexta-feira) a partir das 12h e até às 16h não percam a prova de estrada de sub23.

O novo campeão do mundo de crono é Bert Grabsch de 33 anos, é também o actual campeão alemão. Foi seguido de Svein Tuft (canadiano) e de David Zabriskie. Ruben Plaza obteve o 32º lugar.

quarta-feira, setembro 24

Astana e Mundiais

Hoje escreverei sobre 2 temas da actualidade do ciclismo: o regresso de Armstrong na Astana e inevitavelmente os mundiais.

Armstrong na Astana / Contador a pensar sair - esta deve ser das escolhas mais difíceis que qualquer manager já teve de fazer. Por um lado, e como já foi admitido pelo próprio governo do Cazaquistão, um importante objectivo da equipa é a promoção do país a nível internacional o que faz com que assinar Lance Armstrong seja um opção totalmente acertada. Contudo, é muito discutível a viabilidade desta opção no longo prazo. Sabemos que Contador é ou vai-se tornar no melhor ciclista do mundo em provas de 3 semanas, constituindo um valor seguro que todas as equipas quereriam ter. Apesar disto, a Astana é um equipa ligeiramente diferente de todas as outras precisamente devido ao seu orçamento. Ou seja, a Astana poderá justificar esta opção com um política de curto prazo tendo em conta que tem capacidades quase ilimitadas de construir grandes equipas ano após ano.

P. S. Escrevi isto supondo que a Astana terá de fazer uma escolha entre Contador e Armstrong, o que ainda não se sabe se é verdade.


Mundiais de contra relógio sub 23 (balanço) - ao observarmos as classificação desta prova apercebemo-nos do grande resultado que fez o português Rui Costa. Um lugar no top 10 nesta categoria é um excelente presságio para o futuro ainda para mais se for considerado que o ciclista do Benfica competiu no Tour de l'Avenir (no qual foi 2º) não muitas semanas antes deste contra relógio. Adriano Malori sagrou-se o campeão do mundo gastando 41m 36s para percorrer os cerca de 33.5 km do traçado. A medalha de prata foi para o alemão Patrick Gretsch com mais 50s que o italiano enquanto o último lugar do pódio foi ocupado pelo australiano Cameron Meyer a 1m 5s. Costa gastou mais 1m e 27s que Malori ficando a parcos 22s do pódio.

De referir ainda que Adriano Malori já tinha boas referência no que toca aos cronos: em 2006 e 2007 foi campeão italiano de juniores e sub 23 respectivamente.

terça-feira, setembro 23

Mundiais já nesta semana.


Começa hoje os Campeonato do Mundo de Estrada em Varese. A história desta cidade italiana tem cruzado com o ciclismo nas últimas décadas, alguns inesquecíveis corredores são desta cidade assim como há algumas corridas conceituadas nesta zona, (desenvolvimento no PEZcylingnews). O calendário das provas assim como a programação da Eurosport pode ser consultado aqui (superciclismo), nos próximos dias realizar-se-ão os contra-relógios enquanto que as provas de corrida de fundo será na sexta-feira para os sub-23 e sábado para os Elites.


Hoje será o contra-relógio de sub23 e apesar de não ser a sua especialidade talvez Rui Costa tenhas chances de um bom resultado, este ano conseguiu uma vitória num contra-relógio no Canadá a contar para a Taça das Nações, contudo era apenas de 8,3km e foi a quarta etapa, portanto os corredores já tinham uns quilómetros “em cima” derivado aos dias antes. Devido a estes factores é difícil avaliar as reais capacidades de Rui Costa e de Vítor Rodrigues, ainda para mais porque a aposta da nossa selecção deverá centrar-se sexta-feira, na corrida de fundo. Segue-se o contra-relógio feminino e depois o masculino. Cancellara já anunciou que não irá estar presente depois da longa e próspera época, assim, irá dar lugar a outro depois de alcançar duas vezes consecutivas o título no contra-relógio. Á espreita irão estar David Zabriskie o meu favorito, Levi Leipheimer, Michael Rogers, Stijn Devolder (Belgium), Gustav Larsson, David Millar e Ivan Gutierrez pela vizinha Espanha.


Na sexta-feira é a prova que eu com certeza não irei perder, a corrida de fundo onde a nossa selecção é bem capaz de conseguir um bom resultado. Tenho grandes esperanças, no entanto os jovens portugueses terão pela frente adversários que já conhecem tais como Marcel Wyss, Jerôme Coppel, Jan Bakelants, Rein Taaramae, Andrey Amador e outras possíveis surpresas...

No dia seguinte será a prova para os Elites Masculinos, onde os olhos estarão postos em dois homens que querem se tornar únicos na história do ciclismo, o espanhol Oscar Freire tem em mente o 4º campeonato do mundo enquanto Paolo Bettini o terceiro consecutivo. Ambos mostraram estar prontos para o seus objectivo principal da época, e também têm as melhores equipas ao seu dispôr. Na Itália, Davide Rebellin poderá fazer o primeiro ataque tal como no ano passado, ou mesmo Cunego e Ballan; na selecção espanhola será Valverde, Rodriguez ou Samuel Sanchez com liberdade para tal. Entre estes, outros que ambicionam pela vitória são: Stefan Schumacher, Fabian Wegman e Gerald Ciolek pela Alemanha; Alexandr Kolobnev pela Russia;Andy Schleck e Kirchen pelo Luxemburgo (Frank ainda em dúvida); Nuyens, Boonen e Philippe Gilbert pela Bélgica; Allan Davis e McEwen pela Austrália; Christian Pfannberger pela Austria e Karsten Kroon pela Holanda. Atendendo ao perfil do percurso são estes que penso que poderão discutir a vitória, enfim, candidatos não faltam!

Portugal irá representado por Sérgio Paulinho, Nuno Ribeiro, José Mendes, Nelson Vitorino, Ricardo Mestre e Tiago Machado, esperemos por boas notícias...

Uma característica especial dos mundiais em relação a outras clássicas é a constante mudança de percurso todos os anos. Isto é de facto relevante pois não acontece como na Milan San Remo, onde já se sabe que vai haver ataques no Poggio, ou o Koppenberg (Tour de Flandres) , o Mur da Fleche Wallone, enfim, torna tudo muito mais imprevisível para o espectador, pois os corredores, certamente estudam a pormenor os locais chave. Outro factor é sem dúvida envergar a camisola do “arco-íris” durante um ano, quando se vence uma corrida, o corredor é reconhecido no momento, mas quando se ganha aqui a visibilidade deste feito é notado durante uma época, esse corredor fica marcado pelo menos numa década de ciclismo. Nesta última década de todos os que obtiveram este título, para além dos já referidos, ainda Tom Boonen, Mario Cipollini e Igor Astarloa, este último foi o único que passou ao lado pois nunca mais se encontrou ao nível da vitória nos Estados Unidos.


Apostei 1 euro no Gerald Ciolek (Alemanha) no betandwin, como a ode era de 16 euros pode ser que tenha sorte...

As três vitórias de Oscar Freire (vídeo)

(Verona, 1999)

Nunca tinha visto a primeira vitória do espanhol e foi de facto brilhante, um pouco de sorte é verdade mas não é qualquer corredor que tem um sentido de oportunidade demonstrada aqui.

(Lisboa, 2001)

(Verona, 2004)

As duas consecutivas de Paolo Bettini:

(Salzburgo, 2006)

(Estugarda, 2007)


Para quem não tem Eurosport, em princípio irá dar para ver gratuitamente, Universal Sports.


Fotos cedidas por: Capture-the-Peloton

segunda-feira, setembro 22

Momento mais engraçado da Vuelta.



by startcommunication


Protagonizado por Juan Antonio Flecha na 16ª etapa.

domingo, setembro 21

Sprints da Vuelta

Acabada a edição deste ano da Volta a Espanha há uma coisa que realmente me chamou a atenção e que me preocupou. As chegadas em pelotão compacto. Se por um lado se pode dizer que vários novos talentos se mostraram e que isso é um ponto positivo, creio que é muito mau que nenhum sprinter altamente cotado se tenha realmente imposto nesta Vuelta.

1º 169 VAN AVERMAET, Greg BEL SIL 158
2º 31 CONTADOR, Alberto ESP AST 137
3º 51 VALVERDE, Alejandro ESP GCE 129
4º 33 LEIPHEIMER, Levi USA AST 116
5º 83 FDEZ DE LARREA, Koldo ESP EUS 88
6º 7 BRESCHEL, Matti DEN CSC 69
7º 58 RODRÍGUEZ OLIVER, Joaquín ESP GCE 69
8º 72 HINAULT, Sébastien FRA C.A 68
9º 111 MOSQUERA, Ezequiel ESP XAG 67
10º 66 MONCOUTIE, David FRA COF 65

É realmente muito preocupante que nesta classificação apenas constem 4 ciclistas que teoricamente são sprinters, e nem dos mais fortes. Van Avermaet já tem bons resultados na sua ainda curta carreira mas nada que fizesse suspeitar poder ganhar uma classificação tão importante na Volta a Espanha. E o mais alarmante é que não foi ele que melhorou substancialmente os seus desempenhos, a falta de competição é que foi uma constante durante a Vuelta; chegou-se ao ponto dos comentadores da estação televisiva pela qual eu acompanhava a última etapa dizerem que Greg Van Avermaet era o principal candidato a vencer uma etapa.

Pode-se argumentar que não foi assim tão porque pelo menos permitiu que novos ciclistas emergissem do anonimato do pelotão internacional mas para isso isto não é mau de se dizer numa Volta ao Benelux, ou numa Volta à Polónia. A Volta a Espanha tem uma história vasta que não se coaduna com as vitórias de ciclistas que ainda não provaram nada em competição de grau médio alto.

Se esta situação se mantiver sugiro que a seu tempo a organização comece a procurar uma forma de alterar este panorama, não muito prestigiante para a prova espanhola.

sábado, setembro 20

Vuelta e Volta à Polónia, algumas notas.

Começando pela Vuelta, foi uma bonita etapa a de ontem com a Caisse d’Epargne a fazer um jogo perfeito, mas muito arriscado. Então tinha David Arroyo na fuga e mesmo assim comandou o pelotão toda a segunda parte da etapa? Ok, tendo dois sprinters capazes de vencer nesta chegada não quis permitir uma fuga sem ter lá alguém, mas se conseguiram porquê puxar? Sinceramente não percebo, a não ser que já tivessem um pré acordo com Kyrienka, que o deixavam terminar em segundo caso rebocasse Arroyo para a vitória pois ontem aparentemente para além da CGE ninguém quis estar na frente do pelotão.

No entanto custou-me ver o russo a ficar em segundo, realizou um excelente contra-relógio pois mesmo o françês que ficou para trás não trabalhou muito. Contudo a táctica foi quase por água abaixo quando Nuyens soltou um ataque nos últimos 500 metros, o duo mais uns metros e era alcançado.

Amanhã é a penúltima etapa, o contra-relógio de montanha de 17km que irá decidir o vencedor. Alberto Contador tem 1,17min sobre Leipheimer o segundo classificado, penso que americano ganhará tempo a Contador e talvez consiga vencer a etapa, todavia acho que não tem permissão para vencer a Vuelta mesmo que o conseguisse.

Uma grande alegria no dia de ontem foi no Tour de Pologne. Ora imaginem lá quem ganhou depois de uma fuga a 45km da meta, quem mais poderia ser: Jens Voigt!!!

Depois de uma Volta à Alemanha bastante discreta, devia ainda estar a recuperar dos duros meses antetiores, voltou novamente à boa forma. Numa etapa ao seu estilo, curta com apenas 118km ( inicialmente 201.7km mas devido ao mau tempo foi encurtada), com muita chuva e frio. Já existia um grupo de 7 corredores na frente, mas antes da parte final acidentada Voigt decidiu saltar do pelotão. Ultrapassando um a um pois esse grupo começou a desintegrar-se ele acabou com uma vantagem de 47 segundos sobre o jovem Tony Marton da Team Columbia. Na geral a CSC-Saxo Bank faz a dobradinha com Voigt em primeiro e Lars Ytting Bak em segundo, que não ter visto a etapa...

Fazer ainda referência ao sucesso da dupla brasileira nesta Volta à Polónia, Murillo Fischer (Liquigas) arrebatou a amarela por um dia na segunda etapa ao ficar em segundo atrás de Allan Davis (Quick-Step). Pagliarini (Scott-American Beef) conseguiu também um segundo lugar na 3ª etapa, atrás do italiano da Crédit Agricole Angelo Furlan. Na 4ª etapa os corredores decidiram não finalizar as três voltas ao circuito que lhe restavam, a ver pelas fotos aquilo parecia mais BTT.


A etapa 16 espelhou a crise em que está a Vuelta.

quinta-feira, setembro 18

Casos de Doping na Volta a Portugal (ou inexistência deles)

Sei que a Volta já terminou há algum tempo mas só ontem foi publicada esta notícia pelo que me parece pertinente abordar hoje o seu conteúdo. Eis um excerto:

"O Laboratório de Análises e Dopagem (LAD) realizou 86 controlos antidoping durante a 70.ª Volta a Portubal em bicicleta sem que a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) tenha sido notificada de qualquer resultado positivo relativamente a substâncias proibidas." (fonte: Record)

Em primeiro lugar delicia-me ver a disparidade com que a comunicação social aborda o tema do doping. Compreendo perfeitamente que cada caso positivo seja noticiado separadamente e lhe seja dado alguma relevância já que, na maioria das vezes, há "histórias" por trás desses casos. Agora é-me complicado aceitar que não apareça pelo menos uma peça nos noticiários (visando mais as televisões) a informar que não foi efectuado nenhum controlo positivo na prova mais importante do ciclismo português.

Após terminar a leitura do artigo decido ir ler as opiniões que alguns leitores deixaram acerca do assunto e deparo-me com uma totalmente incoerente no seu conteúdo. Basicamente o leitor dizia que achava pouco terem-se efectuado apenas 86 controlos sobretudo quando houve ciclistas que ganharam duas etapas, tendo sido controlados mais vezes.

Quando cheguei ao final do (felizmente) curto comentário penso: então mas o objectivo de quem toma doping é ficar em primeiro ou sou eu que estou enganado? Em cada tirada é controlado o camisola amarela, o vencedor da etapa e mais alguns ciclistas seleccionados à sorte. Não estou seguro se também são controlados os portadores das diferentes camisolas e os restantes primeiros classificados na etapa.

Imaginemos que os controlos são feitos aos ciclistas referidos na primeira situação. Teremos 11 controlos durante a Volta aos vencedores das etapas, mais 11 aos líderes da geral e, supondo que são 3 os ciclistas sorteados por etapa, mais 33. Isto totaliza um total de 55 controlos e já foram controlados todos os ciclistas que assumiram uma posição de destaque na Volta quer porque foram os líderes da corrida, quer porque venceram etapas.

Como a principal consequência do doping em termos desportivos é anular a verdade desportiva, vemos que, se alguém utilizou substâncias dopantes, acabou por não beneficiar muito com isso nem por influenciar os resultados finais da prova.

quarta-feira, setembro 17

Um pequeno espectáculo.

Ontem (terça-feira) estava a ver na televisão a etapa da Vuelta onde ao sprint, Boonen venceu. Estava com um amigo e ele comentou " tanta coisa para isto!!". É verdade, dessa vez fiquei sem resposta, realmente aquele sprint foi do mais banal e previsível que poderia aparecer. Uma excelente preparação da Quick-Step e sem Benatti, o "Tornado" não teve grande dificuldade em ser o primeiro. Situações destas acontecem em todos os desportos, por vezes a táctica é de tal modo perfeita e bem executada, que por exemplo no futebol os jogadores com bola nem chegam à baliza durante uma parte. Eu gosto de sprints, no entanto este que referi anteriormente foi mesmo seco, sem emotividade pois quando um atleta é muito superior aos seus adversários, o desporto fica sempre a perder.

No entanto respondo agora ao meu amigo com este vídeo da 5ª etapa do Tour de Britain, precisamente há uma semana atrás. Por vezes estas corridas menos recheadas de grandes valores tornam a corrida mais mexida e mais emotivas, ora vejam este vídeo onde o vencedor foi...



by craydee75

Já agora aproveito para falar do Palmeiras Resort-Tavira que também esteve presente. O melhor classificado do Tavira na geral foi o espanhol Alejandro Marque na 11ª posição a 1min,48seg do francês Geoffroy Lequarte da Agritubel, o vencedor.Outros vencedores foram Alessandro Petacchi que estreou-se assim pela LPR Ballan com 3 vitórias depois da sua suspensão. Matthew Goss da CSC obteve duas enquanto que o jovem Boasson Hagen da Team Columbia venceu 3 etapas.

terça-feira, setembro 16

Televisões alemãs contra o regresso de Armstrong

Como deve ser do vosso conhecimento há alguns dias foi publicada uma notícia no jornal Record segundo a qual as televisões alemãs ARD e ZDF (que transmitem o Tour em parceria) estavam contra o regresso de Lance Armstrong. Ora bem, quando eu pensava que isto era o pior que podia acontecer leio o seguinte:

"Para nós, Armstrong faz parte de um passado que não queremos ver repetido. Vamos encontrar-nos com o patrão do 'Tour', Christian Prudhomme, para lhe dizer claramente que os planos de Armstrong não nos agradam. Os jovens é que são o futuro e não o regresso da geração Armstrong, que esperávamos já ter ultrapassado"
Só me apercebi do verdadeiro significado das palavras que acabara de ler depois das gargalhadas terem terminado.

Mas o que é que um simples meio de comunicação social tem a ver com as escolhas que as equipas efectuam? Se nem a própria organização da Volta a França tem o poder de impedir um normal ciclista de competir porque raio é que uma televisão alemã há-de pensar sequer em fazer pressão junto dos organizadores para que alguém seja proibido de competir?

A importância desta notícia é facilmente diminuída mas trata-se de um caso muito grave. Será que já alguém imaginou a RTP pedir a um clube de futebol remova um jogador da equipa apenas por não gostarem dele? Sinceramente, não cabe na cabeça de ninguém. Quer dizer por esta ordem de ideias como daqui a 5 anos o Gerdemann vai representar uma geração passada na qual foram detectados ciclistas batoteiros a ARD e a ZDF também virão exigir a proibição da sua participação no Tour.

Há aqui uma clara incoerência na postura assumida por estes dois meios de comunicação social que é completamente inaceitável que seja sequer levada a sério por quem de direito. O Ullrich teve azar...


segunda-feira, setembro 15

Portugal vence Taça das Nações.

Acabou ontem a última etapa da Taça das Nações onde a selecção portuguesa nas diversas provas conseguiu amealhar mais pontos que qualquer outro país, venceu assim este troféu.

Tudo começou com o GP de Portugal onde Vitor Rodrigues fez uma brilhante corrida culminando com a vitória na última etapa. Com certeza um dia que não esquecerá pois mesmo depois de um furo quando já andava fugido, conseguiu chegar isolado no Alto de Stª Quitéria acabando assim em primeiro da Geral, repetiu a mesma posição que um há ano atrás.

A partir daí foi Rui Costa que assumiu as rédeas da nossa selecção, no Giro delle Regioni em Itália, o benfiquista apesar da vitória na 4ª etapa não conseguiu repetir a vitória da Geral como em 2007, ficou em 2º atrás de Vitaliy Buts. Vítor Rodrigues foi o segundo melhor português acabando na 8ª posição da Geral.

Em Junho foi a vez do Canadá acolher mais uma etapa, o Coupe des Nations Ville de Saguenay. Rui Costa venceu novamente uma etapa e ficou em 2º lugar. Tal desfecho não seria diferente no Tour de l'Avenir apesar de não vencer nenhuma etapa. Venceu todos os oponentes directos na etapa de sábado (a única de alta montanha) e só mesmo dois fugitivos com liberdade para tal, conseguiram ganhar vantagem antes dos favoritos começarem a movimentar-se e assim o português já foi tarde para alcançar a vitória da etapa.


Rui Costa acabou em 2º o Tour de l'Avenir
Foto cedida por: Ciclismo Digital


O Tour de l'Avenir é sem dúvida um grande teste, encontraram-se os melhores sub-23 e muitos no futuro estarão no topo mundial, basta olhar para a lista de vencedores desta corrida para perceber isso: Joop Zoetemelk, Greg LeMond, Miguel Induráin, Laurent Fignon e mais recentemente Dennis Menchov ou Bauke Mollema no ano passado. Mesmo nas outras corridas desta Taça das Nações, encontramos jovens que na sua altura acabaram nos pódios e actualmente são grandes promessas com provas já dadas no pelotão internacional: Roman Kreuziger (Liquigas) vencedor do Tour de Suisse, Thomas Lovkvist (Team Columbia) que chegou a envergar camisola branca no Tour, Robert Gesink (Rabobank) que se não houver imprevistos acabará pelo menos no top10 nesta Vuelta, Tonny Marton (Team Columbia) um excelente contra-relogistas com algumas vitórias importantes, e mais alguns.

É evidente que Portugal aposta forte nesta competição, Rui Costa e Vítor Rodrigues são sem dúvidas os jovens de destaque desta selecção e ambos demonstram que têm potencial de um dia discutir as provas mais prestigiadas da Europa mas também Sérgio Paulinho assim o provou, quando foi campeão do mundo de Júniores e medalha de prata em Atenas. O que falta então aos corredores portugueses para passarem de gregários a líderes, será apenas por serem portugueses, ou simplesmente a sua evolução como atleta não foi a melhor e faltou o tal “empurrão” para continuarem os melhores no escalão principal. Em relação ao facto de serem portugueses uma equipa como o Benfica que poderia esticar o orçamento caso os resultados o justificassem, seria importante.


Ficamos à espera do campeonato do mundo onde com certeza esta selecção comandada por Vitor Rodrigues e Rui Costa, tem grandes hipóteses de vir a obter um excelente resultado.

sábado, setembro 13

Volta a Espanha

Depois de uma etapa que já decidiu o vencedor da prova, penso que é adequado fazer uma análise do que poderão fazer os principais candidatos ao 2º lugar.

Levi Leipheimer - seria o vencedor da Vuelta se Contador não estivesse presente, e seria o seu principal adversário se tivesse liberdade para isso. É quem está em melhor posição para terminar na 2ª posição nesta Volta a Espanha e, caso não tenha de trabalhar muito para Alberto Contador, subirá à segunda posição do pódio. Ainda falta um contra relógio em montanha no qual Leipheimer irá, se não conseguir vencer, não perder muito para quem o fizer.

Carlos Sastre - terminará na posição em que teria terminado a Volta a França se tivesse tido concorrência forte. Não creio que consiga chegar ao 2º lugar e a questão principal é saber se ficará no pódio. Na minha opinião, também não o vejo a superar Valverde no final das três semanas já que o murciano parece muito mais capaz que ele na alta montanha. Ainda pior para Sastre, é não ter aqui quem o levou montanhas acima no Tour: Frank e Andy Schleck.

Ezequiel Mosquera - é um ciclista muito regular mas que não consegue fazer diferenças na alta montanha. O facto do último contra relógio ser em subida beneficia-o bastante mas o seu resultado final não irá diferir muito do do ano transacto. O facto de não ter equipa constitui também uma limitação importante à classificação deste ciclista.

Joaquin Rodriguez - entrará na luta pelos lugares imediatamente a seguir ao pódio se não for forçado a trabalhar em demasia para Alejandro Valverde. Na etapa de hoje mostrou-se melhor que Mosquera e que Carlos Sastre o que poderá indicar que se vai intrometer na luta pela 4ª posição. Vamos ver se é desta que consegue um lugar de destaque numa competição de três semanas.

Robert Gesink - último ciclista que ainda mantém aspirações de chegar ao pódio. Contudo, apesar de em matéria de tempo ainda ser um objectivo legítimo, é muito complicado conseguir bater-se com os corredores à sua sua, muito mais experientes. Creio que a 7ª posição lhe assenta bem e constitui uma amostra do enorme potencial deste ciclista.

sexta-feira, setembro 12

Fim de semana decisivo na Volta a Espanha.


A Vuelta já vai a meio: primeira semana para os sprinters, depois um fim de semana nos Pirinéus e actualmente passaram as chamadas etapas de transição, a caminho da Cordilheira Cantábrica, do Angliru (amanhã). Até agora tem sido um corrida sem grande emoção, a Astana com fraca ameaça tem controlado a corrida, e assim o os amantes da modalidade dispersam-se por outras corridas como o Tour de Missouri, Tour of Britain, Volta à Alemanha e o Tour de l’Avenir.
Algumas notícias mediáticas tais como a de ontem que indica Floyd Landis na Health Net-Maxxis (equipa estadunidense) na época 2009, também são factores de distração.

A corrida espanhola ainda está aberta, apesar de um controlo aparente da Astana com Levi Leipheimer e Alberto Contador à frente dos seus principais adversários, o Tour deste ano mostrou-nos que tudo é possível, assim espera-se pelo dia do Angliru, onde deverá escolher o vencedor da corrida. Ezequiel Moskera, Robert Gesink, Carlos Sastre e Igor Anton são os únicos capazes e ainda em condições de contrariar a Astana, terão que atacar amanhã caso ainda queiram ambicionar pela vitória.

Greg Van Avermeat afirma-se cada vez mais como um sprinter capaz de grandes feitos.
Foto cedida pelo site oficial da: Silence-Lotto.


Quanto a Valverde já disse adeus ao pódio pois na etapa de ontem perdeu mais de 3 minutos quando o pelotão se fracturou devido às más condições atmosféricas e não só. Amanha haverá grandes diferenças de tempo isso é certo, enquanto que Moncoutie estará logo ao ataque para amealhar mais pontos para a sua camisola (montanha), e o sprinters a fazerem os possíveis para não exceder o tempo limíte, os líderes ambicionam pela vitória no mítico alto e sobretudo por um lugar na Vuelta, este fim de semana promete ser animado.

A classificação pelos pontos está cada vez mais interessante, sinceramente não faço ideia de quem será o vencedor, Greg Avermaet lidera mas tem Rebellin, Valverde e Boonen logo atrás. Pelas etapas que resta deverá ser um sprinter a vencer esta classificação, apesar de só dois pertencerem ao grupo mencionado anteriormente.

Ainda falar em Marzio Bruseghin que situa-se na nona posição da geral!! É raro ver um italiano a lutar pela geral na Vuelta, ainda para mais quando este já realizou um Giro ao seu melhor nível e o Tour de France só nesta época, amanhá as suas perninhas irão sentir bem esse peso. Sem dúvida a etapa a não perder.


quinta-feira, setembro 11

Bettini - Shumacher

Ao que parece a Quick Step "trocou" Paolo Bettini por Stefan Schumacher. Pelo menos foi esta a interpretação que o italiano teve quando soube que a equipa belga tinha contratado o ciclista alemão à Gerolsteiner. Ora, estando nós a falar de dois ciclistas semelhantes mas com algumas diferenças torna-se pertinente reflectir sobre a qualidade da decisão tomada pela Quick Step.

Em primeiro lugar analisemos as características dos atletas:

- Schumacher é um ciclista mais completo que Bettini, que consegue defender-se bem na média e, dependo da motivação que tenha, na alta montanha. Tem uma ponta final interessante na ausência dos puros sprinters e tem-se vindo a afirmar como um dos melhores especialistas no contra relógio. A sua grande especialidade é, no entanto, as provas de um dia, as quais é quase sempre candidato a vencer.

- Bettini é um ciclista que se tem vindo progressivamente a transformar, para além de um bom ciclista em provas de um dia, um bom ciclista também em provas de 3 semanas, nas quais tem obtido algumas vitórias. É ainda mais rápido do que Schumacher apesar de não ter tanto valor quer na montanha quer nos cronos. Conta já com uma vasta experiência o que faz com que o seu apogeu ainda não tenha acabado.

Resumindo, apesar de Schumacher ser um ciclista mais completo que o italiano, é raro conseguir vitórias importantes. Este facto é, na minha opinião, decorrente de o alemão ser um corredor excessivamente completo, faltando-lhe uma especialização numa área que lhe granjeie vitórias. Bettini é um corredor que se tem vindo a mostrar progressivamente mais rápido mas que não perde as suas boas capacidades para as provas de um dia. Todos os anos tem obtido bastantes e importantes vitórias quer em clássicas, quer em corridas por etapas.

Por fim, na minha opinião, creio que a Quick Step fez mal em "trocar" Bettini por Schumacher (se foi mesmo isto que aconteceu) porque o italiano ainda tem mais uns 2/3 anos ao mais alto nível nos quais poderia dar à Quick Step mais sucessos que os que Schumacher lhe proporcionará. Esta foi uma análise em termos meramente desportivos já que não possuo dados para dissertar acerca das questões financeiras por trás do negócio.

quarta-feira, setembro 10

Lance Armstrong, O Regresso

Sei que este tema já foi aqui abordado mas não podia deixar de exprimir o que penso deste regresso que constitui um marco histórico no ciclismo.

Em primeiro lugar creio que este regresso peca por tardio mas, se eu fosse Lance Armstrong, já não o faria. Sei que este é um ponto paradoxal do meu discurso pelo que passo a explicar: Armstrong retirou-se em 2005 e, no ano imediatamente a seguir, a Volta a França foi a mais fraca de que eu me lembro de assistir. Basta dizer que Landis era um gregário nos tempos de Armstrong e que Pereiro lutava por entrar no top 10. Não tenho dúvidas quando afirmo que Lance teria vencido esta Volta se tivesse participado. Perante esta "pobreza" o seu regresso era possível e pertinente mas decidiu continuar na inactividade; esta era a altura ideal para o americano fazer o seu regresso ao ciclismo profissional. Caso tivesse competido em 2007 ter-se-ião verificado algumas alterações na história do Tour:
- Rasmussen talvez não tivesse sido desclassificado - como se sabe os franceses não gostam de Armstrong e, sendo Rasmussen o único capaz de o bater na altura, provavelmente não o teriam excluído;
- Armstrong e Rasmussen teriam proporcionado uma das mais interessantes rivalidades da história do Tour. O dinamarquês estava terrivelmente forte na montanha, mais forte até que Lance. Por outro lado o americano, fortíssimo no contra relógio, iria fazer diferenças nesta especialidade. Em suma, todos os ingredientes para uma competição de sonho.

Infelizmente isto não se verificou e é agora, em 2008, que o melhor de sempre (na minha opinião) regressa à estrada. Como escrevi em cima eu já não regressaria à competição porque, em primeiro lugar, não creio que Armstrong esteja 100% seguro de que as suas capacidade não foram afectadas com mais 3 anos em cima; e também já que a sua despedida foi efectuada com a 7ª vitória na Volta a França: ou tinha regressado em 2007 para ganhar 10 Voltas a França, ou deixava-se estar quieto porque ganhar 7 ou 8 pouca diferença faz no estatuto que já conseguiu.

Posto isto, regressar em que equipa: Astana, sem dúvida. Porquê? Ora bem, o seu estatuto permite-lhe ser o líder de qualquer equipa que participe no Tour. A experiência que Contador adquiriu ao longo destes 2 anos aliada à sua qualidade fazem com que ele seja a principal ameaça à 8ª conquista de Armstrong. Ao ir para a mesma equipa de Contador limita a sua concorrência fazendo com que a sua tarefa fique muito mais fácil.

P. S. Aqui fica o link com toda a informação sobre o Tour de l'Avenir, no qual o português Rui Costa está na 7ª posição.

Lance Armstrong regressa na próxima época!!


Está de volta a última lenda do ciclismo, o norte-americano Lance Armstrong regressa em 2009 para vencer o seu oitavo Tour de France. Confimou ontem no site da sua fundação o seu retorno, e tem como principal objectivo alertar as pessoas para o Cancro, promovendo assim a sua fundação: Livestrong. Há quem goste dele ou não, mas a verdade é que o seu regresso vem provocar uma onda de expectativa levando mais pessoas, mais comunicação social a olhar o ciclismo, principalmente o Tour de France.

No entanto muitas dúvidas se levantam, em que equipa e em que condições Armstrong irá voltar?

A Astana afirmou que não tinha nenhum pré-acordo com ele, então o laço Bruynel e Armstrong será quebrado? Não acredito.


Qual será a equipa de Lance Armstrong?
Fotos cedidas por:
Capture-the-Peloton


Caso ingresse na Astana o belga tem algumas questões para resolver no balneário da sua equipa. Alberto Contador será que irá abdicar de mais um ano sem discutir o Tour de France, Leipheimer estará disposto a voltar a gregário quando não deverá ter mais oportunidades de discutir a corrida francesa, Andreas Kloden um dos seus rivais também aceitará a subordinação? Caso estas respostas sejam positivas, Armstrong volta ao Tour com uma equipa de nível igual ou superior do que nos habituou.

Alguns rumores dizem que a Team Columbia irá usar bicicletas da Trek para a próxima época, aliada ao facto de George Hincapie encontrar-se nesta equipa pode sugerir a escolha de Lance Armstrong pela Team Columbia. No entanto o contra é mesmo a falta de apoios porque poucos sãos os corredores desta equipa que consigam dar um suporte efectivo durante três semanas.

Todavia uma coisa é quase certa, Lance Armstrong irá correr o Tour 2009 pois não acredito que ele regresse ao ciclismo sem essa garantia da ASO. Uma das razões que alegou foi também o facto de querer provar que sempre correu limpo, sem uso de doping, pois actualmente existem equipas (CSC, Astana, Columbia, Garmin) com controlos anti-dopings internos, ou seja analisam o sangue regularmente à procura de valores estranhos, depois publicam os resultados para quem quiser ver. No entanto isto pode se tornar numa faca de dois gumes, se Armstrong não conseguir fazer uma boa prestação no Tour de France, o que as pessoas irão pensar?

Lance Armstrong deverá regressar no Tour de Califórnia mas entretanto já deixou muitas questões e muito motivo de conversa nos próximos meses, todos os pormenores serão revelados a 24 de Setembro por ele próprio. Até lá a expectativa irá crescendo para ver novamente “o Chefe” em acção.

terça-feira, setembro 9

Bobby Julich irá retirar-se em 2009, talvez mude apenas de função na Team CSC.


Não podia deixar de falar deste abandono pois corredores destes fazem falta, Bobby Julich irá deixar o ciclismo pelo menos só na estrada, esperemos. No início de carreira chegou a ser aclamado como o próximo Greg Lemond quando acabou em 3º no Tour de France de 1998, fez antes parte da Mottorola em 1996 sendo companheiro de Lance Armstrong mas uma taquicardia supraventricular detectada levou-o a parar quase um ano devido ao tratamento.


Depois desse Tour a sua carreira nunca mais foi a mesma consequência de muitas azares (queda no Tour e Vuelta de 1999), nessa altura Julich andou por equipas francesas, primeiro na Cofidis onde chegou a esse pódio no Tour, depois mudou-se para a Credit Agricóle onde conheceu um dos seus melhores amigos, Jens Voigt. No entanto foram anos discretos onde pessoalmente realizou poucos objectivos, o único de relevância foi mesmo a vitória no contra-relógio por equipas no Tour de 2001 frente à poderosas Team Deutsche Telekom e US Postal. Tão negro que foi que em 2003 esteve quase para se retirar do ciclismo, encontrava-se desmotivado pois os resultados eram fracos mas com um empurrãozinho de Voigt, finalmente encontrou a equipa que procurava há muito tempo, a Team CSC.


Ao fim de 15 anos como profissional Bobby Julch irá deixar a competição.
Fotos cedidas por: Capture-the-Peloton

Telefonou à sua mulher no fim da primeira reunião e disse-lhe “que esta era a equipa”, coisa que não retira ao fim destes anos. A verdade é que na primeira época foi medalha de bronze no contra-relógio dos Jogos Olímpicos de Atenas , e em 2005 venceu o Criterium International e o Paris Nice terminando em oitavo no ranking Mundial da UCI. Nos últimos anos assumiu um papel mais discreto trabalhando para a sua equipa, tanto na estrada como transmitindo a sua experiência aos mais novos. No Tour 2004 parecia estar em boa forma mas mais uma vez uma queda o deixou de rastos, vê-se bem no filme “Overcoming” o que sofreu nesse Tour para concluí-lo. É então nos bastidores que Julich parece ser bastante útil, assim o é que Bjarn Riis já lhe ofereceu um cargo na Team CSC, talvez seja o substituto do manager Scott Sunderland que deixa a CSC para ser o director desportivo da Team Cervelo.

Mais um da geração Armstrong que teve como Greg Le Mond a sua grande referêcia, agora só falta mesmo George Hincapie arrumar as botas, mas esse pelo menos mais um ano ainda correrá.

No entanto parece que Armstrong irá voltar!!! É verdade, ou melhor existe o rumor disso, eu sinceramente não acredito, é ver para crer. Astana já desmentiu que tenha algum contacto com Armstrong.


Blog de Bobby Julich.

domingo, setembro 7

Mais ingressos em 2009.


Voltando ao tema de um post anterior, existe ainda o desaparecimento de duas equipas Pro Tour e assim muitas vagas a preencher, o jovem Pierre Roland já acertou contas com a Bouygues Telecom (boa escolha), assim como Mark Renshaw que será o novo lançador de Cavendish (Team Columbia). Nicolas Roche muda-se para a AG2r e Remy Pauriol para a Cofidis.

O também desaparecimento da Gerolsteiner irá reforçar a Team Milram que aposta num novo projecto depois de um fracasso total esta época. Gerald Ciolek sem muitas oportunidades na Team Columbia será o líder desta equipa, assim como Linus Gerdemann.


Ivan Basso regressa à competição depois de dois anos sem competir.
Fotos cedidas por: Capture-the-Peloton


O mercado italiano também tem andado em movimento, a equipa LPR Brakes no princípio desta época já se reforçou forte, mas apesar da saída de Salvodelli este ano, será em 2009 que talvez dê o salto. Alessandro Petacchi está garantido para brilhar no Giro 2009 enquanto que Davide Rebellin ainda decide, mas com o fim da Gerolsteiner é quase certo que ingresse nesta equipa, será uma grande ajuda para Di Luca tanto no Giro como nas Clássicas das Ardennas caso esta equipa seja convidada. Filippo Pozzato é certo que abandonará a Liquigás depois de um mau ano e é dado como certo na Katyusha (nova Tinkoff). Por falar em Liquigas também vai ter dois corredores de destaque, Ivan Basso com 30 anos é o mais esperado do próximo ano, muitos anseiam ver como está o seu nível, caso continue igual, deverá ser a aposta desta para o Tour de France, ou talvez o Giro?! Enrico Gasparotto, o ex-líder do ranking Continental Europeu muda-se para a Lampre, já que a esta equipa falta um sprinter e não só.

sábado, setembro 6

O Azarado do ano.

Angel Gomez Gomez da Scott-American Beef, tem nome de anjo mas nesta época é o diabo que tem andado no seu encalce. Teve uma espectacular queda no Tour de Flandres sofrendo uma fractura.



Ficou parado durante algum tempo e regressou ao Tour, novamente outra queda à 3ª etapa que o levou a abandonar a corrida francesa.



Mais um tempo afastado e ontem, mais uma. Estava na fuga do dia mas no final foi fechado por um corredor da Euskaltel que o levou a bater com as rodas da bicicleta nos pés das barreiras . Vídeo da queda.

Alguém já lhe conferiu a visão?

sexta-feira, setembro 5

Paolo Bettini preparado para o Campeonato do Mundo?


Depois de algumas tentativas falhadas em dias anteriores, Paolo Bettini uma das pessoas mais carismáticas do pelotão international voltou de novo às vitórias na 6ª etapa da Vuelta. Mais uma vez o campeão do mundo decide aparecer no final da época a dizer: presente para o seu principal objectivo da época, o Campeonato do Mundo. Se conseguir vencer em Varesse, no seu país, entra para a história como o único corredor com três títulos consecutivos de “Campeão do Mundo”.

No entanto, a continuidade da sua carreira ainda está em dúvida, o seu contrato acaba este ano e a QuickStep ainda não decidiu se renova ou não. O problema deverá ser o ordenado, apesar do seu currículo e estatuto, a verdade é que o italiano poucos resultados tem produzido nos últimos dois anos, só mesmo este estatuto de campeão do mundo lhe tem dado mediatismo. Sendo assim, penso que o fim ou não da sua carreira será decidido em função do resultado do campeonato do mundo, caso vença é certo que continue, o contrário só se uma boa oportunidade lhe aparecer, a questão é qual?


O que o futuro reserva a Bettini?
Fotos cedidas por:
cyclingview.be


Poucas serão as equipas que terão dinheiro para despender num ex-campeão do mundo que apesar de poder trabalhar muito bem, como se viu no Giro, necessitará de alguma liberdade nas corridas que ele preferir. Por isto, não será fácil achar uma equipa disposta a isso.



Hoje de manhã, Carlos Sastre dará uma conferência de imprensa para esclarecer os remorsos de uma possível saída para a Katyusha ou a para a nova Cervello. Provavelmente não irá dizer nada de definitivo...
Actualizado - Carlos Sastre irá representar em 2009 a nova "Cervélo Test Team".

Resultados da Vuelta.

Vídeos da Vuelta.

quinta-feira, setembro 4

Portugal nos Mundiais



Ora bem o início da Volta a Espanha marca também o início da preparação para muitos atletas que usam a prova espanhola como preparação para os Mundiais que se realizam parcos dias após a Vuelta. Este ano a prova será disputada em Varese, Itália, e Portugal contará com a presença de 6 ciclistas a defender as suas cores. Apesar de ainda não se saber em rigor qual será essa meia dúzia de elementos que representará Portugal, a lista de pré-seleccionados já está definida. Ela é composta por: Nelson Vitorino e Ricardo Mestre (Palmeiras Resort-Tavira), Nuno Ribeiro e Rui Sousa (Liberty Seguros), José Mendes e Cândido Barbosa (Benfica), Hélder Oliveira (Barbot-Siper), Tiago Machado (Madeinox-Boavista) e Sérgio Paulinho (Astana).

Penso que nesta pré-selecção impera o pragmatismo, não havendo grandes surpresas. Todos os visados já deram internamente mostras de grande valia pelo que constituem o melhor que o ciclismo português apresenta de momento. Talvez a maior surpresa nesta pré-selecção seja a inclusão de Hélder Oliveira, corredor cujas características são pouco conhecidas pela maior parte dos entusiastas do ciclismo. Sinceramente apenas o conheço de rápidas leituras pelo que pouco me ficou na memória acerca dele e uma pesquisa na internet também não ajudou muito. Em todo o caso tenho de confessar que não desgosto desta pré-convocatória porque, como já mencionei em cima, reúne os nossos melhores corredores da actualidade. José Mendes, Ricardo Mestre e Tiago Machado são jovens portanto, caso se confirme a sua presença no mundial será um óptima oportunidade para ganharem experiência internacional e experiência de fazer uma prova de 250 quilómetros. Nelson Vitorino e Rui Sousa são ciclistas muito semelhantes em tudo mas cuja utilidade prática na prova vai ser pouca. A sua veterania não inclui muitas corridas superiores a 200 quilómetros o que faz com que lhes seja muito difícil ser de alguma utilidade para os outros. Por fim, Cândido Barbosa, Nuno Ribeiro e Sérgio Paulinho são as esperanças de conseguir um bom resultado apesar de achar que os dois primeiros só lá estão por falta de alternativas; ambos já mostraram que não são muito dotados para esta prova, principalmente de resistência. Paulinho é mesmo a grande esperança portuguesa porque o facto de competir no estrangeiro permite-lhe fazer provas semelhantes aos Mundiais, pelo que já saberá com o que contará. Será difícil outra proeza igual à dos Jogos de 2004 mas um top 15 não seria mau.

Em suma, penso que a nossa selecção é fraca quando comparada internacionalmente e que só temos um corredor com hipóteses de discutir os 10/20 primeiros postos. Contudo, são os melhores que temos cá em Portugal pelo que temos de aceitar estas escolhas.

Apostas para a convocatória (esta não é a minha preferência; é a que acho que vai ser feita pelo seleccionador):

- Nuno Ribeiro;

- Cândido Barbosa;

- Rui Sousa;

- Sérgio Paulinho;

- Tiago Machado;

- Hélder Oliveira.

Objectivo: top 15. É muito ambicioso mas ficar no top 30 é como ficar em último. Para a participação portuguesa ou de qualquer outra nação ser notada, no mínimo um top 15 tem de ser alcançado.


Texto da autoria de Lopes

quarta-feira, setembro 3

Quem vencerá o crono de hoje?


Hoje é o dia do contra-relógio individual de 42,5km, o primeiro teste aos candidatos à Geral mas que não deve causar diferenças significativas, nada que não possa ser recuperado na Montanha. No entanto os trepadores irão ter muitas dificuldades, um percurso completamente plano onde terão pela frente um forte vento. Terá que ser um excelente rolador, com uma óptima posição sobre a bicicleta, bastante aerodinámica para conseguir o excelente tempo.

Todos eles são especialistas de contra-relógio e os favoritos a vencerem o contra-relógio de hoje.

Corredores e a sua hora de partida.(hora de Lisboa)


Andreas Klöden (Astana) 13h.54m

Levi Leipheimer (Astana) 15h.10m

Stef Clement (Bouygues Telecom) 12h.43m

Sylvain Chavanel (Cofidis) 15h.36m

Stefan Schumacher (Gerolsteiner) 13h.52m

Marzio Bruseghin (Lampre) 15h.02m

Dominique Cornu (Silence-Lotto) 14h.41m

Mikhail Ignatiev (Tinkoff Credit Systems) 12h.49m

Hora de saída de Sérgio Paulinho - 13h.48m

Lista das partidas no crono de hoje.


Foto cedida por: Dot-cycling.


O dia de ontem foi negro para a Astana
pois vários corredores seus caíram no final da etapa incluíndo Thomas Vaiktus, Muravyev, Bazayev e Sérgio Paulinho que acabou por perder mais de 5 minutos, o português aleijou-se no joelho mas não é nada de grave. Andreas Kloden também perdeu 4 minutos pois caiu um pouco antes dos três quilómetros finais.



Começa dia 7 de Setembro a Volta à Grã Bretanha. Danilo Di Luca, Petacchi, Romain Feillu (vencedor em 2007), Stuart O'Grady, Robert Hunter irão estar presentes. Assim como a nossa Palmeiras Resort Tavira com a seguinte equipa:

Martin Garrido

David Blanco

Juan Gomis

Alejandro Marques

Paul Sneeboer

Tomas Swift Metcalfe



Um bom preview com as altimetrias das etapas e outros aspectos.

No podiumcafe também tem algumas leituras interessantes sobre esta corrida:


The Tour Of Britain: Pt 1 - What's It All About, Alfie? (história)

The Tour Of Britain: Pt 2 - Hope And Glory


terça-feira, setembro 2

Já existem muitas negociações em curso para a próxima época.

Entramos na fase final da época pois já só falta um mês e meio para o término e assim sendo muitas negociações já se encontram consumadas enquanto outras não passam apenas de especulações.

Começando pela Silence-Lotto que depois das clássicas de Abril muito fracas, com Leif Hoste em falha no seu papel de líder (talvez por falta de um ajudante forte?), Philippe Gilbert será o seu novo tenente e um dia possivelmente o seu substituto. No entanto a Rabobank e a Quick-Step responderam à altura, para a equipa holandesa Nick Nuyens estará ao lado de Flecha. Sylvain Chavanel na Quick-Step será o substituto de Stijn Devolder que assim começa a preocupar-se mais com o Tour, pena esta dupla (Chavanel e Nuyens) que falei aqui há algum tempo ser desfeita. A Quick-Step que manteve Tom Bonnen até 2011 já tem novo lançador para a sua estrela (Steegmans sai), o australiano Allan Davis tem aqui nova oportunidade de brilhar nos grandes palcos. Com a provável retirada de Bettini a equipa belga também se reforçou para as clássicas das Ardennas, o francês Jerôme Pineau é um corredor talhado para este tipo de corridas apesar de não ter a qualidade do actual campeão do mundo. Quanto ao trepador Manuel Garate vai para a Rabobank ajudar Menchov.


Robbie McEwen muda-se para a Katyusha depois de 8 anos ao serviço do projecto Lotto.
Fotos cedidas por: Dot-cycling.


Outra das equipas faladas é a nova Tinkoff, a Katyusha. Lembro-me de uma entrevista de Oleg Tinkoff durante o Giro e ele já pensava numa equipa para 2009 de maior dimensão. Afirmou que queria contratar algumas estrelas russas do pelotão, Menchov era uma possibilidade mas continua na Rabobank e olhando para o mercado, Vladimir Gusev e Vladimir Karpets estão livres, o segundo já está confirmado... O certo são as entradas de Antonio Colom, dos sprinters belgas Kenny De Haes e Gert Steegmans, e ainda de Robbie McEwen que depois de uma época muito fraca, irá certamente acabar a carreira nesta equipa. Filippo Pozatto também estará ligado a esta poderosa equipa russa em 2009.

Deixo agora lugar para três incógnitas: Bernard Kohl já afirmou que tem nova equipa. Ouve-se falar na Silence-Lotto e seria sem dúvida uma grande ajuda para Cadel Evans já que Popovych até agora foi muito pouco útil. Quanto a Carlos Sastre irá decidir depois da Vuelta o seu futuro, todavia Bjarn Riis afirmou à pouco tempo que o futuro da sua equipa são os irmãos Schleck, será que depois de cumprir o seu objectivo o espanhol vai-se embora? Há quem diga que irá para a nova equipa que a marca Cervello pretende construir, ou mesmo para a Katyusha pois Oleg Tinkoff está muito interessado em Sastre, e mais importante tem um orçamento para contratar dois corredores desse nível. Thomas Dekker despedido da Rabobank é outro que procura equipa, afirmou que está em negociações com a Team Garmin mas ainda não chegaram a acordo, seria um grande valor para a equipa americana no Tour 2009 onde Vandevelde será um dos favoritos.