Estava com grande vontade de postar logo a seguir à corrida mas por motivos “profissionais” foi impossível. Comecei a ver a partir dos últimos 50kms e posso dizer que foram brilhantes, os corredores estiveram realmente ao nível desta prova.
Andy Schleck e Nicki Sørensen foram as primeiras cartas de Bjarne Riis (director da CSC), juntamente com Van Den Broeck (Silence-Lotto), Addy Engels (QuickStep) e mais alguns, andaram na frente durante alguns quilómetros mas a Caisse d’Epargne fez um excelente trabalho na perseguição. Este grupo ainda numerado nunca teve mais de um minuto já que tanto Schleck, Matthew Lloyd (campeão australiano), Laurens Ten Dam (Rabobank).... são corredores de grande valor aos quais não se pode dar muita liberdade. Andrey Grivko (Team Milram) foi o último sobrevivente já que o ritmo do pelotão estava cada vez mais forte.
A 22km foram alcançados, o mini-pelotão liderava mas durou pouco tempo novo ataque da Team CSC?!! (A melhor equipa em prova mas Frank Schleck pareceu-me bastante bem na Amstel, porquê atacarem?! Talvez para evitar que fossem obrigados a comandar o pelotão....)
Desta vez foi Gustaf Larsson seguido desde logo pelo campeão alemão Fabian Wegmann e posteriormente de Alexander Efimkin (Quick Step). Estes três andaram com cerca de 30 segundos de vantagem para o pelotão que desta vez liderado pela Lampre esperava mais uma vitória de Cunego....
Uma pessoa olha para as fotos e estatísticas do Mur e fica impressionada, mas quando vê corredores desta categoria a estoirarem nesta “pequena subida” é qualquer coisa de assustador, exemplo disso é o sofrimento espelhado na cara do alemão depois de Cadel Evans já o ter ultrapassado.
Voltando ao pelotão foi Cadel Evans que basicamente fez estragos. Valverde desde cedo ficou para trás, Frank Schleck igualmente, os únicos eram Joaquim Rodriguez (Caisse d’Epargne), Cunego, estes que na última rampa também descolaram e só Rebellin e Kirchen seguiam-o na roda...
Sinceramente pensei que Rebellin fosse o vencedor; estava logo atrás de Evans na rampa final mas foi Kim Kirchen (Team High Road) na sua roda que conseguiu vencer. (depois da decepcionante Amstel, não pensei que pudesse ganhar)....Foi tudo uma questão de timming, claro que só os mais fortes conseguiriam resistir ao ataque de Evans hoje, mas o luxemburguês soube esperar pela altura certa e ultrapassar os dois já no fim da subida abrindo caminho para a vitória, sem dúvida a sua maior.
Davide Rebellin (Gerolsteiner) voltou a decepcionar-me outra vez, em anos anteriores não tinha dúvidas que hoje, era ele a ultrapassar o australiano e a vencer, no entanto viu-se que estava no limite acabando em 6º.
Nota ainda para os excelentes resultados de Robert Gesink e Thomas Dekker ambos da Rabobank, ambos jovens com grande futuro; Dekker já apontado como um futuro vencedor do TOUR, Gesink com perfil mais de trepador, será um futuro vencedor de uma destas clássicas.
Classificações:
1 Kim Kirchen (Lux) Team High Road 4.35.29 (43.45 km/h)
2 Cadel Evans (Aus) Silence - Lotto 0.01
3 Damiano Cunego (Ita) Lampre 0.02
4 Robert Gesink (Ned) Rabobank mt
5 Thomas Dekker (Ned) Rabobank mt
6 Davide Rebellin (Ita) Gerolsteiner mt
7 Michael Albasini (Swi) Liquigas 0.08
8 Joaquim Rodriguez (Spa) Caisse d'Epargne 0.10
9 Christian Pfannberger (Aut) Barloworld 0.15
10 John Gadret (Fra) AG2r - La Mondiale 0.20
54 Hugo Sabido (Por) Barloworld 3.20
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