domingo, junho 29

Quem acabará de Verde na Volta à França?

No Tour de France tambem haverá espaço para os sprinters, será o clímax de um confronto de gerações que tem ocorrido ao longo desta época. As etapas destinadas para estes não serão tantas como estavam habituados, além do mais as equipas terão grande trabalho pela frente para protegerem os seus sprinters. No final, só um terá a honra de subir ao pódio ao lado do vencedor do Tour 2008.

Etapas que poderão acabar em pelotão compacto, discutidas ao sprint: 2ª, 3ª, 5ª, 8ª, 12ª, 13ª, 14ª, 19ª, 21ª.


O Boi de Grimstad com uma época muito positiva, é o principal favorito para envergar a Camisola dos Pontos.

Thor Hushovd (Credit Agricóle) de 30 anos:

Nesta época: Voltou aos bons velhos tempos, 5 vitórias e vestiu a amarela várias vezes.

No Tour: Vencedor em 2005 da camisola verde sem ganhar uma etapa. Venceu uma o ano passado e duas em 2006.

É a minha aposta para vencer esta classificação. O norueguês tem demonstrado de novo o seu valor apesar da ausência do seu lançador Julian Dean que o ajudava desde 2006. Thor talvez não seja o mais rápido, mas é o mais regular...

Ou seja: A minha aposta para a camisola verde.




Gerald Ciolek
(Team Columbia) de 21 anos:

Nesta época: duas etapas no Bayern Rundfahrt.

NoTour: Estreia-se este ano.

Pedia-se mais nesta época ao ex-campeão alemão, no entanto os anos anteriores demonstraram que é na segunda parte da época que tem os melhores resultados. O Tour é o seu principal objectivo e tanto Cavendish como Eisel são preciosas ajudas.

Ou seja: Com algumas dúvidas.

Nota extra: Não sei como vai ser com o seu colega Mark Cavendish a participar também no Tour, é um grande entrave às aspirações de Ciolek. Penso que devem ir alternando nas etapas mas Cavendish não deverá ficar muito tempo pois tem os Jogos Olímpicos em Agosto e já tem um Giro nas pernas!!

Francesco Chicchi (Liquigas) de 27 anos:

Nesta época: 6 vitórias e 6 segundos lugar, destacar uma no Tirreno Adriático e outra na Volta à Catalunha.

No Tour: Estreia-se este ano.

Com a ausência de Danielle Benatti devido a lesão, Chicchi assume-se como o sprinter da equipa italiana. Apesar de muitos bons resultados esta época, estes são maioritariamente caseiros e na sua carreira só realizou apenas uma Vuelta.

Ou seja: Uma incógnita?

À procura da roda certa para desferir o golpe final nos últimos metros.

Robbie McEwen (Silence-Lotto) de 36 anos:

Nesta época: 1 vitória no Tour de Romandie e duas no Tour de Suisse.

No Tour: Vencedor de duas camisolas verdes (2004 e 2006), o ano passado obteve uma vitória logo na etapa inaugural.

Apesar das vitórias recentes, não acredito que consiga fazer um brilharete nesta edição. O ano passado não o fez, e este ano muito menos.

Ou seja: Não espero muito dele infelizmente.

Gert Steegmans (Quick-Step) de 27 anos:

Nesta época: 6 vitórias, duas no Paris-Nice frente a Hushovd e ainda venceu uma corrida na Bélgica há uma semana.

No Tour: Estreou-se a lançar McEwen em 2006, e o ano passado foi ajudante de Tom Boonen. No entanto não foi impedimento para vencer a segunda etapa com um grande arranque.

É o líder da Quick-Step pois Boonen foi proíbido de participar. Tem aqui a sua oportunidade de se afirmar na equipa, e pode muito bem vencer a classificação dos pontos este ano.

Ou seja: Pode surpreender!

Nunca um espanhol venceu esta classificação, será Oscar Freire o primeiro tal como foi na Gent-Wevelgem?

Oscar Freire (Rabobank) de 32 anos:

Nesta época: 5 vitórias; 3 no Tirreno Adriático e vencedor da Gent- Wevelgem.

No Tour: 2 vitórias em 2006, 2 segundos lugares em 2007.

Tem tido uma época agradável e realizou um bom teste com McEwen e Ciolek no Tour de Suisse. Nas duas etapas que perdeu para o australiano, a Silence-Lotto dirigiu o pelotão nos últimos quilómetros e lançou McEwen, o espanhol não teve pernas para o ultrapassar.

Na Vuelta do ano passado já com 3 vitórias de etapa e com a classificação dos pontos quase garantida, abdicou a meio da Vuelta para preparar o Campeonato do Mundo. No tour de France 2007 também desistiu e este ano parece que o Campeonato do Mundo é mais apropriado para os sprinters.

Ou seja: Será que acaba o Tour?

Erik Zabel (Team Milram) 38 anos:

Nesta época: Apenas uma na Volta a la Comunitat Valenciana.

No Tour: 6 vezes vencedor da classificação por pontos no Tour, última vitória em 2002.

Já não tem a mesma explosividade de antigamente e deverá ser o seu último Tour.

Ou seja: Não espero muito dele.

Outros sprinters de restantes equipas que poderão sair do Tour com uma vitória: Robert Forster (Gerolsteiner), Romain Feillu (Agritubel), Robert Hunter e Baden Cooke (Barloworld), Julian Dean (Slipstream), Stuart O'Grady (Team CSC-Saxo Bank) e ainda Sébastien Chavanel (FdesJeux).

Há quem não goste de etapas planas nem de sprints ou sprinters. Partilho da opinião que é algo aborrecido os cento e tal ou mesmo 200 km até à meta; no entanto, gosto imenso de ver as movimentações tácticas e o posicionamento dos sprinters nos últimos quilómetros (e um ataque ou outro de Philippe Gilbert ou Voigt!!), e claro, o final onde é cada sprinter por si.



Fotos cedidas por: Dot-cycling.

Quem mais poderá vencer a Volta à França?!

Para os que vou expôr agora será muito difícil a vitória, aposto mais num top 10. No entanto, Alberto Contador ingressava este grupo antes da sua vitória!! Tal como no ano passado, em 2006 tivemos outra surpresa com Oscar Pereiro a vencer, na secretaria!! É verdade que uma fuga de 30 minutos é raríssimo, mas...

O Alberto Contador deste Tour?! Há quem diga que 2008 ainda é cedo.

Stijn Devolder (Quick-Step): Neste grupo se houver uma meia-surpresa como a do ano passado, a minha aposta irá para este belga. Para além de excelente contra-relogista também é um bom trepador confirmando-o no Tour de Suisse; acima de tudo tem fome de vencer e não poupa a esforços como foi o caso do Tour de Flandres. Caso esteja em dia sim, imagino o belga a deixar os favoritos para trás...ok, já estou a sonhar alto, onde pode fazer diferença é mesmo no crono.

Samuel Sanchez (Euskaltel Euskadi): Em ajuda a Zubeldia é o plano B da equipa basca. Melhor contra-relogista que trepador obteve o seu melhor registo numa Grande Volta da história da sua equipa, 3º na Vuelta em 2007. (Deu hoje uma entrevista surpreendente que irei desenvolver mais tarde)

Maurício Soler (Barloworld): Depois de um ano de estreia cheio de surpresas na edição anterior vencedo a classificação da montanha, prepara-se agora para algo mais sério. A sua grande dificuldade é mesmo o contra-relógio já que a subir é como peixe na água, no entanto, assim como a sua equipa o colombiano esteve bastante apagado no Giro, espero que tenha sido para estar na máxima força aqui.

José Cobo Acebo (Saunier Duvall): Lidera a sua equipa e definiu como o principal objectivo da época: o Tour. Tem tido uma época apagada com um fraco 15º na Vuelta ao Pais Basco e desistiu recentemente a meio do Dauphinè Libèrè. Estreou-se o ano passado com um 20º lugar e este para mim é uma grande incógnita...

Adivinha-se uma etapa para Kim Kirchen?

Kim Kirchen (Team Columbia): O melhor do ano passado da então T-Mobile (7º), é a aposta de Bob Stapleton para a geral já que Michael Rogers e Linus Gedermann estarão ausentes. É um dos candidatos à vitória das etapas que afastarão os sprinters puros da discussão mas que acaba em terreno plano; o luxemburguês já provou que tem excelente ponta final. (Fleche Wallone, duas etapas na Vuelta a Pais Basco)

É também o actual campeão luxemburguês de contra-relógio e se já há alguns anos dedicasse o seu treino a grandes voltas tal como está a fazer Valverde, penso que actualmente estaria-o a pôr no grupo dos 5 favoritos.

Mikel Astarloza (Euskaltel Euskadi): Sem dar muito nas vistas tem tido a sua melhor época da carreira. Ora vejam: 4º Vuelta a Andalucia, 6º Vuelta ao Pais Basco, 5º Tour de Romandie e 7º Critérium du Dauphiné Libéré. Nada de brilhante mas muito consistente, mais um para o top 10? (Esta equipa também irá merecer destaque mais tarde)

Yaroslav Popovych (Silence-Lotto): Ninguém duvida o seu imenso valor mas está condenado a trabalhar para Cadel Evans. Não acredito numa má prestação de Evans e só para o caso de uma fatalidade (seria mesmo uma desastre para a Lotto pois este ano tem vivido às custas de Evans), Popovych assumirá o comando. O seu melhor foi um 12º em 2005 (último ano de Armstrong); este ano fez um 3º lugar no Paris-Nice quebrando no Monte-Ventoux, a partir daí tem treinado para o Tour...

Ele, Andy Schleck ou Carlos Sastre, quem assumirá a liderança da Team CSC-Saxo Bank?

Frank Schelck (Team CSC-Saxo Bank): Começa como tenente de Carlos Sastre mas é um dos planos B, caso o espanhol comece a falhar. Já tem dois Tours consecutivos nas pernas e uma grande vitória no Alpe d’Huez em 2006. Esteve em grande forma no Tour de Suisse e preparava-se para assumir a liderança antes da aparatosa queda, parece-me que tem melhorado cada vez mais as suas capacidades de trepador.

Estes apresentados anteriormente são corredores que podem ter uma última palavra a dizer (deixarei os franceses para mais tarde). Nos próximos dias também apresentarei a luta pela camisola da juventude que irá ser uma batalha interessante e com Riccò a juntar-se à festa, não faltará conversa de bastidores...


Fotos cedidas por: Dot-cycling.

sábado, junho 28

Jogo Tour de France.

Este é o jogo Sempre Na Roda, especial Tour de France.

O jogo é simples e fácil de participar, basta completar uma folha de excel (que darei adiante) com a tua equipa.

Os corredores estão pontuados de 1 a 23, tens que fazer uma equipa cuja soma dos pontos é no máximo de 90. Escolhendo os 9 corredores, é esperar pelo começo do Tour de France e torcer para que os teus eleitos tenham sucesso na prova francesa, por cada bom resultado a tua equipa ganhará pontos.

Por cada corredor que obedecer a estas classificações, a pontuação é a seguinte:

Classificação Geral (top 20):

625-500-430-360-320......300-275-250-225-200…… 175-160-145-130-115…… 100-85-70-55-40
Camisola Verde e Montanha (top 5): 175-100-60-40-20

Classificação da Juventude (top 3): 100-40-20

Prémio da combatividade: 60

Classificação da etapa (top 5): 90-50-35-20-10

Por cada etapa que o teu corredor vestir uma camisola recebe: Amarela= 20pts; outras 10pts

Os corredores que não se encontram nessa lista e que também participam no Tour, valem 1 ponto.

Vê aqui a Startlist do Tour de France.

Têm que sacar o excel (em baixo) com os teus 9 corredores e o nome da equipa, e depois enviar para o semprenaroda@hotmail.com. (faz qualquer referência ao jogo no assunto do mail se faz favor) Já dá para fazer download, o erro do site foi corrigido.

O prazo de inscrição termina dia 5 de Julho (sábado) até às 14h. Altura em que começa o Tour.

Qualquer dúvida, deixa aqui o teu comentário. Não fiquem só a ver, Participem!!

Download do ficheiro excel:
http://www.sendspace.com/file/qfdtb4

Curiosidades, Tour de France.

Aqui vai o segundo vídeo da Versus (canal dos EUA) a promover o Tour de France: "Uma nova etapa". Este é ainda mais polémico pois foca corredores que foram acusados de doping na sua carreira e figuras importantes no Tour. O principal prejudicado é a Saunier Duval já que David Millar quando acusou doping estava na Cofidis, é algo estranho um site norte americano estar a expôr o inglês já que este pertence e é um dos responsáveis da super limpa Team Garmin, uma das equipas com mais adeptos nos EUA.




Esta será a nova camisola da Team Columbia (ex-Team High Road) no Tour de France. (preferia o branco...)

Deixo-vos aqui uns quantos links.


Um excelente artigo sobre a Operacion Puerto, leiam que vale a pena.


Perguntas frequentes sobre o Tour.


Balanço das equipas do Pro Tour nesta primeira metade da época. (cyclingnews)

Acha que sabe tudo sobre a luta contra o doping? Faça aqui o teste.

sexta-feira, junho 27

Os Favoritos do Tour de France 2008

A 95ª edição do Tour é marcada pela ausência da Astana, logo Alberto Contador não irá defender o seu título.

Falarei agora por ordem alfabética, dos 5 principais favoritos à vitória do Tour, uns mais do que outros com vários argumentos e fraquezas que irei expor:
Destacar que na lista dos participantes deste ano, não existe nenhum corredor que já tenha vencido o Tour de France.

Alejandro Valverde (Caisse d’Epargne) 28 anos

História no Tour:
Desistiu em 2005 devido a lesão
Desistiu em 2006 devido a queda
6º em 2007

A favor: Um corredor com carisma de vencedor demonstrando esta época no Dauphiné Liberè, Liège-Bastogne-Liège e ainda na Vuelta a Murcia. As montanhas não serão problema como se viu na recente prova francesa, agora o crono?! Tem ainda uma boa equipa com Luis León Sanchez e Oscar Pereiro como braço direito.

Contra: A suas passagens pelo Tour nunca foram muito positivas especialmente a desilusão do ano passado. Também nunca ganhou nenhuma das três Grandes Voltas e a sua regularidade numa corrida destas é muitas vezes posta em causa.

Como ganhar: Atacar na montanha, e defender-se bem nos cronos.

Nota extra: No entanto acho que vai ter uma atitude algo espectante, depois da vitória no contra-relógio do Dauphinè Libèrè a sua confiança nos cronos deve estar alta. Por isso, pelo menos nos Pirinéus acho que irá ter uma atitude expectante...

Cadel Evans (Silence-Lotto) 31 anos

História no Tour:
8º em 2005
5º em 2006
2º em 2007

A favor: Vice-campeão do Tour de 2007 e tem o melhor currículo dos últimos três anos neste lote; é também o mais consistente de todos já que tanto na montanha como no contra-relógio é dos mais fortes. Tem a seu lado Yaroslav Popovych que poderá ser o empurrão que faltou no ano passado.

Contra: Pressão demasiado alta; Armstrong e Contador apontam-no como o maior favorito para não falar no resto que tenho lido e ouvido. Por essa razão será também o principal alvo a abater dos seus adversários e poderá andar desamparado nas montanhas. Irá também perder alguns segundos a Valverde, Cunego... em algumas etapas onde os favoritos discutirão a vitória ao sprint.

Como ganhar: Agarrar a amarela nos Alpes e não a deixar fugir até ao fim. Caso não consiga tem o crono final de 53km onde também é um dos principais favoritos.

Carlos Sastre (Team CSC – Saxo Bank) 33 anos

História no Tour:
20º em 2001
10º em 2002
9º em 2003
8º em 2004
21º em 2005
4º em 2006
4º em 2007

A favor: Conhece o Tour como ninguém e a regularidade é o seu ponto forte, o ano passado depois do Tour ainda conseguiu acabar em 2º na Vuelta.Tem uma das melhores equipas à disposição: os irmãos Schleck, Jens Voigt e Volodymir Gustov são corredores com grande espírito de equipa e bons trepadores.

Contra: Corredor de bons resultados mas poucas vitórias na sua carreira. Uma época totalmente apagada o que suscita algumas dúvidas na confiança dada ao espanhol por Bjarne Riis.

Como ganhar: Regularidade. No crono tentar ganhar segundos em relação a uns, na montanha em relação a outros. Para ser bem sucedido a sua equipa terá que ser determinante.

Damiano Cunego (Lampre) 26 anos

História no Tour:
12º em 2006 (vencedor da camisola da junventude)

A favor: O mais novo deste grupo contudo tem perfil de vencedor, preparou-se também pela primeira vez especificamente para o Tour. Demonstrou boa forma recentemente ( 4º no Tour de Suisse) e este ano parece que está a voltar às grandes vitórias. É um excelente trepador e finalizador, poderá vencer etapas.

Contra: Parece-me o corredor com pior ajuda. Ainda não saiu a equipa definitiva mas os únicos que o poderão ajudar na montanha (onde Cunego terá que ganhar tempo) é Szmyd e Bruseghin; ambos fizeram o Giro na sua forma máxima e tanto o físico como o psicológico pode estar comprometido. O contra-relógio do italiano ainda é uma incógnita, preparou-se criteriosamente para o Tour e é por volta desta idade que as melhorias no crono se fazem sentir, no entanto, é ver para crer?!

Como ganhar: A mesma fórmula de Valverde, mas este não terá a mesma confiança nos cronos... penso eu.

Denis Menchov (Rabobank) 30 anos

História no Tour:
Desistiu em 2001
93º em 2002
11º em 2003 (vencedor da camisola da junventude)
Desistiu em 2004
85º em 2005 devido a uma constipação
6º em 2006
Desistiu em 2007

A favor: Vencedor de duas Vueltas (2005 e 2007) e tem o crono como sua principal arma. Nestes dois anos em que venceu a Vuelta apostou no Tour como principal objectivo da época mas foi na Vuelta onde atingiu o pico de forma. Este ano preferiu fazer o Giro primeiro para apurar a forma para o Tour, e por esta lógica estará agora a 100%.

Contra: Fez um bom Giro (5º) mas a partir daí não competiu durante 1 mês! Perdeu ainda uma ajuda de peso,Thomas Dekker que mais uma vez fica de fora do Tour devido a doença.

Como ganhar: A mesma fórmula que Cadel Evans, no entanto duvido que consiga vestir a amarela nos Alpes. Terá mesmo que ser no contra-relógio final.


Haimar Zubeldia (Euskaltel-Euskadi) 31 anos

História do Tour:
73º em 2001
39º em 2002
5º em 2003
desistiu em 2004
15º em 2005
8º em 2006
5º em 2007

A favor: Tem condições semelhantes ao seu compatriota Carlos Sastre; regularmente obtém bons resultados no Tour e tem uma excelente equipa. Lembro-me da Euskatel na era de Armstrong quando via os vários combos de Zubeldia e Mayo. Este ano: Zubeldia, Sanchez, Astarloza e mesmo Amets Txurruka (corredor mais agressivo em 2007) são trepadores de respeito que irão dar espectáculo e poderão dar à Euskaltel Euskadi, a sua primeira vitória individual numa Grande Volta. (A minha aposta para a vitória na classificação por equipas)

Contra: Tem tido uma época apagada, a sua melhor prestação foi um 6º lugar na Volta à Catalunha. É um corredor que apesar de bom trepador é raro vê-lo atacar, no entanto é um bom contra-relogista mas não chegando ao nível de Cadel Evans ou Menchov. Por isso se quiser vencer terá de deixá-los para trás na montanha.

Como ganhar: A mesma fórmula que Carlos Sastre, mas é mais dependente da sua equipa.



Se já têm o vosso favorito podem escolhê-lo na votação ao lado. Para além destes cinco existe outra opção: Outros. Falarei deles nos próximos dias e gostaria de saber as vossas opiniões em relação aos favoritos e vossas apostas.

Acabou de sair a análise aos favoritos no cyclingnews.

No próximo fim de semana realizar-se-à a maior parte dos campeonatos nacionais da Europa. Podem ver algumas antevisões, portuguesa (cycloweb), restantes campeonatos nacionais (cyclingnews).



Fotos cedidas por: Caputre-the-peloton.

quinta-feira, junho 26

Etapas do Tour de France

Inicío hoje no Sempre Na Roda, o Tour de France 2008 que começa no sábado, dia 5 de Julho.
Não irei fazer os posts da "etapas e equipas" como fiz no Giro, pois estou bastante ocupado nestes dias e também quero fazer algo de diferente.

Deixo aqui um dos anúncios do Tour de France que a Versus (canal norte-americano) está a emitir, algo controverso mas que eu pelo menos aprovo.
Que seja o nosso tempo, o tempo dos corredores e dos amantes do Ciclismo.


Vou referir as etapas importantes para quem tem interesse em acompanhar a prova francesa, e mais algumas onde a espectacularidade irá imperar.


Etapa 1 - Pela primeira vez desde 1967 não irá haver um prólogo a inaugurar o Tour. Na primeira etapa apesar de várias contagens de montanha de menor relevo, estas não irão fazer grandes moças no pelotão mas sim o final que assenta a Valverde, Cunego ou mesmo Kim Kirchen; os sprinters dificilmente discutirão a vitória neste dia.

Etapa 4 - O primeiro contra-relógio será de 29,5km, o primeiro teste a alguns candidatos cuja a habilidade no crono esta época ainda é uma incógnita (Cunego, Sastre, Samuel Sanchez).

Etapa 6 - Chegado ao Maciço Central, deparam-se com a primeira etapa de montanha, a maior dificuldade é no final com a subida Super Besse mas que não servirá para grandes diferença.(7km com 4% de média)

Etapa 7 - Continuando no Macico Central esta será o dia mais curto da corrida francesa. Contudo será um dia agitado pois o percurso será de altos e baixos nomeadamente nos últimos 50km com duas subidas de montanha. (2ª e 3ª categoria)

Etapa 9 (a não perder)- Começa neste dia a verdadeira luta pela vitória final na primeira etapa dos Pirinéus. Duas subidas de primeira categoria já na segunda metade da etapa acabando numa longa descida depois do Col d’Aspin.

Dia da Bastilha, 14 de Julho:
Etapa 10 (a não perder) - Antes do primeiro dia de descanso mais um percurso montanhoso. Passagem no famoso Col Du Tourmalet (cat. HC, 17.7 km média de 7.5 %) e de seguida a finalizar no Hautacam. (cat. HC, 14.4 km com média de 7.2 % )

Imagem de: letour.com
20 de Julho:
Etapa 15 (a não perder) – Depois de uns dias mais ou menos planos chega-se aos Alpes, a parte derradeira do Tour de France. Apesar de começarem em França, os corredores irão terminar do outro lado da fronteira em Prato Nevoso, Itália. Antes dessa subida final a etapa começa com uma de 20km, o Col Agnel.

22 de Julho:
Etapa 16 - Depois de um dia de descanso voltam para 157km com duas subidas de categoria HC, o Col de la Lombarde de 21.5 km e média 6.9 %. Antes da descida final ainda têm pela frente mais outra difícil subida, o Col de la Bonette de 25,5km com 6,5% de média. Penso que não haverá grandes movimentações entre os primeiros pois no dia seguinte é a etapa rainha do Tour.

23 de Julho:
Etapa 17 (a não perder)- A etapa mais dura com 210km, acabando no mítico Alpe d’Huez. As subidas do dia:

Côte de Sainte-Marguerite - 3.5 km com média 6 % 3ª categoria
Col du Galibier - 20.9 com média 5.6 % categoria HC
Col de la Croix de Fer - 29.0 km com média 5.2 % categoria HC
Alpe d’Huez - 13.8 km com média 7.9 % categoria HC

Imagem de: letour.com

Etapa 18 - Já a deixar os Alpes os corredores têm mais um dia de subidas, estas menos pesadas mas que reduzirão o pelotão e mais uma vez os sprinters ficam afastados da vitória.

(26 de Julho)
Etapa 20 – O tradicional longo contra-relógio de 53km dirá o vencedor do Tour, não é completamente plano.

Perfil das etapas.

Trinta momentos do Tour. (vídeo)

Um guia básico que ajuda a compreensão de uma corrida.

História do Tour 89, ano em que Acácio da Silva vestiu a camisola amarela.

quarta-feira, junho 25

1987: O ano da dupla irlandesa: Kelly e Roche.

terça-feira, junho 24

A Tripla de Stephen Roche contada por John Pierce.


Mais uma vez trago aqui um artigo de John Pierce / PhotoSport International que gentilmente me deixou traduzir o seu texto com as suas fotos:


Eu estive lá.

Acompanhando durante muitos anos na década de 1970 como fotógrafo do Raleigh na Volta à Irlanda, eu fiquei amigo de muitos organizadores e corredores irlandeses. Na época de 1979 um dos organizadores da Volta à Irlanda – Noel Hammond convidou-me para ir à sua casa em Dublin. Foi lá que Stephen Roche, o vencedor desse ano da corrida Ras Tailteann mostrou-me uma curta mensagem da AC-BB France, assinado por Mickey Wiegants. A carta convidava-o a ingressar num clube de um subúrbio a oeste de Paris, estranhamente vinha directo do presidente do clube, no Sul de França.



Aqui fica uma breve história sobre a nossa conversa, ele tinha sido convidado para ingressar num clube francês que aceitava corredores que falavam inglês. A lista de corredores que ingressaram nessa equipa francesa é invejável e incluía corredores da minha equipa, por isso estava confiante. Eu perguntei ao jovem Roche de 20 anos algumas questões directas, relativas à casa, trabalho, curso de línguas e claro, namoradas.

Nessa altura as condições eram favoráveis para se viver no estrangeiro por algum tempo. Ele estava no fim de um curso para melhorar a perfomance de um carro a gasolina. Decidimos que devia acabar primeiro esse curso para ter alguma garantia sem ser o ciclismo. Durante o inverno seguinte ele iria ter aulas de francês e depois deveria-se preparar para um brilharete em França.

Ele foi para Paris encontrar-se com Claude Escalon, o manager da AC-BB. Escalon foi um exigente mestre, nos treinos pontuava os seus corredores não só por andarem na frente, mas também quando estes eram esforçados. Roche tinha um raro talento como corredor, ele simplesmente “flutuava” tal era o seu suave pedalar e raramente lutava contra a bicicleta. Na sua primeira época na AC-BB em 1980 foi bem sucedido ao vencer o Paris Roubaix para amadores. Tornou-se professional pela Peugeot, um patrocinador da AC-BB ganhando 10 corridas em 1981 incluíndo o Paris-Nice.


Passo alguns anos até 1987 onde obteve a maravilhosa Tripla, tornando-se apenas no segundo corredor de sempre, a vencer na mesma época: o Giro d’Itália, Tour de France e o Campeonato do Mundo.

A Volta à França foi um marco especial para mim. Primeiro porque começou no centro de Berlim, dois anos antes do Muro ter ido abaixo. Foi também o meu 21º Tour, um momento não esquecido pelo então proprietário do Tour, Jacques Goddet que fez uma apresentação pessoal para mim. No seu discurso ele falou sobre como ele foi educado na Inglaterra onde o Cricket e o Futebol são mais importantes que o ciclismo. Que eu fui o primeiro a tirar imagens sobre este bonito desporto fora de França. Também foi notado por ele que o líder da corrida foi uma pessoa que falava inglês, e assim partilhavam o mesmo caminho.

Houve alguns grandes momentos, mas dois acontecimentos foram a base da fantástica vitória de Roche na Volta à França. Alguns dizem tacticamente brilhante, outros diriam que ele procurou a sua própria sorte, eu pergunto se há diferença.



Na etapa da La Plagne ganha por Laurent Fignon, Pedro Delgado (Esp) estava de amarelo e em segundo da geral encontrava-se Roche, mas o irlandês não conseguia acompanhar Delgado nas subidas. Em vez de lutar para se manter em contacto, Roche “reagrupou-se” e definiu o seu próprio ritmo. Na subida de 15km, Roche perdeu 1min nos primeiros 5km – se a corrida continuasse assim seria o fim para ele. Então aconteceu uma coisa estranha, e foi realizada por Roche que fez toda a diferença.

Delgado ia recebendo as diferenças de tempo. (Pelas motos pois não havia rádios em 1987) e diziam-lhe que Roche estava a 1m e 40seg atrás, a corrida era praticamente dele pois Fignon que ia na frente não ameaçava a classificação geral. Na cabeça de Roche ele teria que superar-se para conter Delgado, foi então que a 5km da meta ele partiu para o maior esforço da história do Tour.

Nesta altura Delgado estaria a 4km da meta – já demasiado perto do final para receber avisos da moto sobre o paradeiro de Roche. Eu estava na faixa do último quilómetro a tirar fotos - escolhi um lugar para contar as diferenças de tempo, Stephen 40seg atrás de Delgado. Os 600 metros finais da La Plagne são falso plano, Roche alcançou o seu colega de equipa Denis Rous e ultrapassou-o. Então Roche mudou a corrente para a cramalheira maior e a sua bicicleta “parou”, Rous ultrapassou-o pensando “o que é que ele está a fazer?”. Foi aí que Roche recuperou a sua pedalada e sprintou passando por Rous pela segunda vez e enfiou-se no meio dos carros que seguiam Delgado. Menos de 8 segundos. Incrível.


Ainda outra etapa que vem à minha cabeça onde Roche demonstrou excelentes tácticas, ou simplesmente teve sorte. Em Morzine-Avoriaz uma etapa ganha por Chozas, Delgado era muito melhor trepador e teria que deixar Roche na subida do Joux Plane antes da descida em Morzine– ele não o fez, ou não conseguiu. No entanto, Roche sabia que nessa descida Delgado tinha tido um acidente no ano anterior, partindo a clavícula. Então quando chegou a altura dos 16kms longos e sinuosos, Roche atacou e Delgado ficou para trás. Roche desceu tão depressa que alcançou o carro vermelho dos Directores, um carro avançado que precede a luta pela Camisola Amarela. Isto nunca tinha acontecido antes no Tour de France e foi algo escandaloso – Roche vestiu a Amarela.



Roche era um enorme talento natural; para vencer o Giro de Itália foi ajudado na Careera pelo seu colega de equipa Eddy Schepers, e também em grande medida pelo seu amigo e antigo colega na AC-BB e na Peugeot, Robert Millar que venceu a classificação da montanha nesse Giro. Schepers esteve depois com ele em França como também esteve Sean Kelly. Este último sacrificou as suas próprias chances no último quilómetro do Campeonato do Mundo em Villach, pois Roche atacou para a vitória roubando a Kelly ou Moreno Argentin uma vitória certa. Seria prudente referir que estes desempenhos foram obtidos quando a EPO ainda não existia.



John Pierce
:
Cobriu 41 edições do Tour de France.

segunda-feira, junho 23

Christiane Soeder venceu a Volta à França Feminina.

Acabou ontem a La Grande Boucle Féminine Internationale, considerada a Volta à França das Mulheres. Depois de seis dias começando nos empedrados da Bélgica, passando pelas planícies françesas e acabando nos alpes italianos, a austríaca Christiane Soeder da Cervelo Lifeforce Pro Cycling Team surpreendeu a sua própria líder de equipa ao vencer a última etapa roubando 32 segundos a Karin Thürig, a segunda classificada e uma das favoritas à partida. A britância Nicole Cooke da Swift Racing campeã em 2006 e 2007, não foi além do 3º lugar a 2.29min da vencedora. As duas primeiras usaram o contra-relógio de 40km ao quinto dia, para depois nas duas etapas finais de montanha, discutirem entre si a vitória na classificação geral.


Etapa 1; Gent - Wattrelos, 73.2km:
Percurso plano que não fez moças no pelotão chegando compacto à meta. A mais rápida foi Diana Ziliute da Safi-Pasta Zara Manhattan.

Etapa 2; Wallers - La Louviere, 59.5km:
Percurso plano que acabou em pelotão compacto com a mais rápida a ser Loes Markerink da Team Flexpoint.

Etapa 3; La Louviere - Fourmies, 88.9km:
Um grupo de 12 corredoras conseguiu ganhar uma vantagem de 35 segundos sobre o pelotão e discutir a vitória entre si. Mais uma vez Diana Ziluite foi a vencedora.

Etapa 4; Montdidier - Drancy, 108.5km:
O dia mais longo veio a acabar em pelotão compacto onde Diana Ziluite fez o hat-trick. Estas três vitórias deram-lhe o 1º lugar na classificação dos pontos.

Etapa 5; Domaine De Chalain - Clairvaux-les-Lacs, 43.302km:
Contra-relógio individual onde Karin Thürig da Cervelo Lifeforce venceu em 55min e 34seg numa média de 46.754 km/h.

Etapa 6; Lac D'Aiguebelette - Villard-de-Lans, 102.8km:
Primeira etapa de montanha com uma subida já quase no fim, a lituana Rasa Polikeviciute da USC Chirio Forno d'Asolo foi a vencedora, viria a ser também vencedora da classificação da montanha depois de acabar em terceira no último dia.

Etapa 7; Guillestre - Sestriere, 83.9km:
Um dia decisivo que consagrou Christiane Soeder (na foto) já na subida final quando a austríaca conseguiu fugir das adversárias e chegar isolada vencendo a etapa, e também a classificação geral.

Resultados. Altimetria das etapas. (Site oficial)

Um pdf com uma breve história da edição de 1993, ano em que Leontien van Moorsel venceu pela segunda vez consecutiva.


Tour de Suisse

Mais um final espectacular!! É por isto que estes dois corredores são dois dos preferidos do público. Philippe Gilbert a atacar no último quilómetro com Cancellara a responder e a vencer. Fica aqui o vídeo.

De destacar que Gilbert prometeu à Française de Jeux uma vitória prestigiosa antes de mudar para a Silence-Lotto na próxima época, espero a assistir em directo a essa vitória.
Resultados.


Só para avisar que já saíram os resultado no Jogo Sempre Na Roda das provas Criterium du Dauphinè Libèrè e Tour de Suisse.

sábado, junho 21

Tour de Suisse: Maior vitória da jovem carreira de Roman Kreuziger

Roman Kreuziger alcança a liderança com o tempo de 1 hora e 22 segundos.

Um rapaz que já tem dado nas vistas este ano; um notável contra-relogista e também já com bons desempenhos na montanha. No entanto foi ontem que Roman Kreuziger conseguiu dar o salto e ganhar a sua primeira corrida como profissional. Depois de subir à liderança com a vitória do crono de ontem tem tudo para se tornar hoje o vencedor do Tour de Suisse, curiosamente já tinha sido 2º no Tour de Romandie; parece que a montanhas helvéticas favorecem-lhe...

Kim Kirchen não foi além dum frustrante 15º lugar.

Kim Kirchen pela primeira vez na sua carreira iniciava uma etapa fulcral com a camisola amarela, não aguentou a pressão e acabou por ficar em 7º da geral.


Andreas Kloden voltou a demonstrar os seus dotes de contra-relogista mas não o suficiente para vencer o imparável Kreuziger. Subiu do 7º para o 2º lugar; alguma coincidência pois no Tour de Romandie também na Suíça, estes dois ficaram também nos dois primeiros lugares mas trocando a ordem.

Damiano Cunego acabou em 4º no crono, e o último com menos de um minuto de desvantagem para Kreuziger. Situa-se também em 4º lugar da geral e demonstra um bom estado de forma para o Tour, cronos no plano é que será pior!!

Classficação Geral:

1 Roman Kreuziger (Cze) Liquigas 31.42.31

2 Andreas Klöden (Ger) Astana 0.49

3 Igor Anton Hernandez (Spa) Euskaltel - Euskadi 1.55

4 Damiano Cunego (Ita) Lampre 2.11

5 Thomas Lövkvist (Swe) Team High Road 2.37



Fotos cedidas por: Dot-cycling.

Tour de Suisse: Quem será o vencedor do Tour de Suisse?



by: www.cycling.tv

A resposta a este vídeo: "Despite Guts, no Glory for him in that day"!! O seu treinador bem o avisou que era cedo demais, mas Devolder não o ouviu e apesar de parecer que ia para a vitória, quebrou o suficiente para a 1,5km da meta ser alcançado por Kim Kirchen (Team High Road), o vencedor da 6ª etapa ( na 5ª feira) e actual líder do Tour de Suisse.

Fez-nos lembrar a sua vitória na Milan-San Remo...
Foto cedida por: Dot Cycling

Ontem mais uma fantástica vitória de Cancellara batendo os sprinters com um ataque a 10km da meta juntamente com mais uns rapazes, (Hoste, Fothen, Kirchen...) e posteriormente um outro ataque já nos últimos 5km chegando isolado à meta, um dia muito agitado.
Perto da sua terra natal e com a sua família a assistir o suiço quis fazer um brilharete e conseguiu, as equipas dos sprinters bem tentaram apanhá-lo mas pela foto já não faltava muito. Vídeo. (clicar em wedstrijdverslag, para o resumo da etapa)

Quero destacar aqui um aspecto que li no cyclingweekly.co.uk; Bobby Julich colega de equipa de Cancellara, pôs-se no comboio da frente do pelotão durante o último quilómetro deixando o corredor que liderava o pelotão ganhar uma vantagem. Este pequeno pormenor desorientou o trabalho da Liquigas que perdeu tempo a organizar-se outra vez, talvez tenham sido esses poucos segundos que deram a vitória a Cancellara...


Hoje sábado, é o dia decisivo no Tour de Suisse, um contra-relógio de 25km com percentagem média de 6% de inclinação: a subida ao Klausen Pass.


A classificação geral é a seguinte:

1 Kim Kirchen (Lux) Team High Road 30.41.42

2 Roman Kreuziger (Cze) Liquigas 0.27

3 Igor Anton Hernandez (Spa) Euskaltel - Euskadi 0.33

4 Stijn Devolder (Bel) Quick Step 0.46

5 Thomas Lövkvist (Swe) Team High Road 0.56

6 Andreas Klöden (Ger) Astana 0.58

7 Andy Schleck (Lux) Team CSC 1.04

Os vinte cinco quilómetros a subir fará diferenças significativas, eu acredito que Kirchen consiga aguentar-se de amarelo, mas não apostaria dinheiro nisso...(Talvez algo irracional)

E vocês quem acham que vencerá o Tour de Suisse? Kreuziger, Devolder, Kloden ou mesmo o espanhol Igor Anton?

Podem ver a etapa através deste link a partir das 16.30h para verem os últimos a partir. Para verem os tempos, passem pelo cyclingnews que deverá aparecer um "live coverage now".


Thomas Dekker encontra-se doente
e desisitiu ontem desta corrida. A sua participação no Tour está em risco.
A época de Kim Kirchen.(cyclingnews)
Uma época positiva para Markus Fothen.(cyclingnews)

sexta-feira, junho 20

Novas equipas no ciclismo internacional.

É com agrado que recebi as notícias de novos patrocinadores em quatro novas equipas.
De destacar que três delas introduziram no Ciclismo uma nova mentalidade, tanto vencedora como honesta. Slipstream, CSC e High Road são as três mais limpas do pelotão internacional, todas têm sistemas próprios na luta contra o doping e parece que foram recompensadas por isso.

Este ano têm havido uma grande restuturação na nossa modalidade e esta é sem dúvida das melhores, as empresas que pretendem ajudar já não pensam só em resultados, pensam numa imagem positiva e esta está também associada à luta contra o doping.

Sobre a tutela do respeitado Bjarne Riis, a conhecida Team CSC será Team Saxo Bank para a próxima época. O maior banco da Internet acredita na mentalidade “Riis”, uma equipa que revolucionou a gestão dos plantéis elevando características como lealdade, comunicação, igualdade, entre os corredores e staff. Resultado disso é ser a melhor equipa do pelotão internacional e com este novo patrocinador esperemos que continue.
Recomendo este vídeo para saberem mais sobre a Team CSC: Overcoming.

A equipa Slipstream também encontrou um novo patrocinador, a começar no Tour será designada por Team Garmin-Chipotle, Garmin é uma empresa de novas tecnologias que irá financiar a equipa de Jonathan Vaughters até ao fim de 2010. Formada na época passada e até participou na Volta a Portugal, é nesta época que tem dado nas vistas com o 4º lugar no Paris-Roubaix ou a vitória inaugural do contra-relógio por equipas no Giro. Esta equipa tem um programa próprio contra o doping, os corredores são muitas vezes testados ficando com um historial e caso haja alterações, a própria equipa não os deixa correr. Destaco as sábias palavras de Vaughters no cyclingnews afirmando que no que toca a arranjar patrocinadores, já poderia ter corredores de mais alto nível na sua equipa, no entanto considera que uma equipa com personalidade própria identificada neste caso aos EUA, é mais importante que ganhar pois, a sua boa imagem é suficiente para que essas empresas se identifiquem com a sua equipa. É sem dúvida uma mensagem positiva já que certas equipas no passado entenderam que o número de vitórias era igual a uma imagem positiva, independente dos meios necessários.
Para os fãs da Argyle, não fiquem desiludidos pois a camisola vai se manter. Não me lembro de uma camisola ter uma alcunha, o que só mostra a sua importância na antiga Slipstream.

Por último a Team High Road que já no Tour será Team Columbia, Columbia é uma empresa de roupas desportivas e o novo equipamento da equipa será laranja, no entanto o título High Road continuará na camisola. Depois do fim da T-Mobile, equipa marcada por muitos escândalos de doping, Bob Stapleton pegou na equipa e estabeleceu-a nos EUA. Sem nenhum grande patrocinador a apoiar a equipa, estava numa situação precária pois sem esse apoio esta teria que acabar.
Mais uma com o seu sistema de controlo anti-doping e que tem tido muito sucesso nesta época, muitas vitórias.

Para além destas, a equipa belga também renovou o seu contrato com a Quick-Step por mais três anos. Apesar da bomba mediática que foi Tom Boonen, a empresa de chãos obteve grandes resultados desta parceria e quer continuar.


Este é um bom sinal, pois as equipas que lutam por um ciclismo melhor têm sido recompensadas. No Pro Tour penso que só falta novos patrocinadores para a próxima época à Gerolsteiner e à francesa Credit Agricóle.

quarta-feira, junho 18

Recordações 2. Últimas.

Fica aqui a continuação do vídeo de ontem com o resumo do que aconteceu este ano no Paris-Nice e no Tirreno Adriático, e o começo das clássicas belgas.

Deste vídeo destaco a vitória de Sylvain Chavanel (Cofidis) no Paris-Nice na 6ª etapa.
Também gostei bastante da vitória de Oscar Freire na 6ª etapa do Tirreno-Adriático naquela subida final.
O momento negativo foi mesmo a queda de Linus Gedermann (High Road), gostaria de o ver no Tour de France.


Pierre Roland confirmou no Dauphiné Libèrè que é a nova promessa francesa (cyclingnews.com)

Entrevista a Tiago Machado da Madeinox-Boavista (cycloweb).

A Vuelta passará pela Expo 2008 em Saragoça.

Matti Breschel da Team CSC venceu hoje ao sprint a 2ª etapa do Ster Elektrotoer na Holanda.

Tour de Suisse: Queda de Frank Schleck na etapa de hoje.

Decorreu hoje a quinta etapa do Tour de Suisse e a vitória foi para Markus Fothen (Gerolsteiner) que chegou isolado à meta subindo assim à 7ª posição da geral. Igora Anton continua de amarelo.

A etapa de hoje foi marcada pela queda de Frank Schleck (Team CSC) que se encontrava na frente com o vencedor de hoje e nessa altura era o virtual camisola amarela. Foi uma aparatosa queda mas felizmente o luxemburguês não ficou grave.


Resultados.

Vídeos da 3 etapa e 4ªetapa.

terça-feira, junho 17

Recordações, últimas.

Desde Janeiro que tenho acompanhado mais atentamente o ciclismo, tenho visto as provas mais importantes e esta época já tenho lembranças que irão demorar anos a perderem-se.

Neste vídeo são duas: quando Philippe Gilbert venceu a 1ª etapa da Volta a Maiorca, e ainda a quando este belga venceu a Omloop Het Volk à la Mercx.



Robbie McEwen (Silence-Lotto) conseguiu outra vitória no Tour de Suisse. (vídeo, clicar "laatste kilometer")

A Team High Road já tem patrocinador, será agora designada por Team Colombia.

Entrevista com Johan Bruyneel, director desportivo da Astana.

Entrevista com Chris Anker Sorensen
da CSC após a sua maior vitória, na 6ª etapa da Dauphinè Libèrè.

Entrevista com Remy di Gregório
após a prova francesa.

Para quem afirma que Cadel Evans ataca pouco, este texto mostra que não é bem assim.

Tour de Suisse: Vitória de Robbie McEwen, 2ª da época.

Robbie McEwen bateu ao sprint Oscar Freire e Gerald Ciolek na 3ª etapa do Tour de Suisse. (vídeo).

Reparei que desde 2006, e hoje repetiu-o pela terceira vez, o australiano venceu uma etapa no Tour de Romandie e outra no Tour de Suisse, ambas as corridas em terras helvéticas.

Robbie McEwen enfrenta os Alpes e os Pirinéus pela 11ª vez na sua carreira.
Foto cedida por: Pro Cycling Photo.

Ainda me lembro em 2006 quando venceu pela última vez a camisola verde do Tour, a terceira da sua carreira. Foi talvez o seu melhor ano apesar de em 2002, já ser um dos titãs dos sprints; as maiores lembranças do australiano são sem dúvida no Tour, magníficos sprints onde uma geração de australianos destacou-se na classificação por pontos: McEwen, Baden Cooke e Stuart O’Grady, este ainda teve alguns desentendimentos com McEwen. Nas suas 12 vitórias no Tour, enfrentou também, Erik Zabel já em fase descedente de carreira, Thor Hushovd em pleno apogeu e o belga Tom Boonen em crescendo.

Compareceu também durante muitos anos no Giro onde conseguiu 13 vitórias e à semelhança do Tour apanhou vários importantes sprinters, tais como Cipollini já na sua fase final, Petacchi e as suas 19 vitórias, e mais recentemente a nova estrela italiana Daniele Benatti.

Resta perguntar, há algum sprinter que nunca perdeu com Robbie McEwen?



Tal como em 2007 tem tido uma época aquém das expectativas, nem no Giro conseguiu uma vitória contrariando a sua tradição. Se não me engano vi hoje pela primeira vez a sua equipa a encabeçar o sprint final preparando o australiano para a vitória, ele correspondeu aos objectivos da equipa provando que ainda pode roubar uma ou outra etapa em Julho.

Desta vez no Tour de France não terá uma equipa focada em si, Cadel Evans será o líder e veremos poucas vezes a Silence-Lotto a trabalhar para McEwen, no entanto ele é conhecido por desenrascar-se bem sozinho no sprint final, espero assim por uma vitória do australiano...

segunda-feira, junho 16

Fim do Critérium du Dauphiné Libéré, começo do Tour de Suisse.


Mais um excelente desempenho de Yuri Trofimov (Bouyges Telecom) que esteve em destaque na etapa de ontem. Para a cereja em cima do bolo só lhe faltou bater ao sprint Dmitriy Fofonov (Crédit Agricole), o vencedor da etapa.

Pierre Roland confirmou o que tinha demonstrado no Paris-Nice especialmente na subida ao Monte Ventoux: é a nova promessa francesa que ontem também andou furagido, conseguiu manter a sua camisola da montanha, algo que sonhava desde pequeno.
Alejandro Valverde (Caisse d'Epargne) também conseguiu manter a sua camisola e venceu a prova, a sua equipa superou um bom teste quando Popovych (Silence-Lotto) atacou na primeira subida do dia mas sem sucesso.

Resultados.

Entrevista dos protagonistas no final do Dauphinè Libèrè.

Carlos Sastre está satisfeito com o seu 20º lugar nesta prova e


Tour de Suisse: A Team CSC-Saxo Bank a demonstrar as suas tácticas mas a vitória da etapa foi para um espanhol.

A seguir à última etapa da prova francesa comecei a ver a 2ª etapa do Tour de Suisse e valeu bem a pena. Um dia muito chuvoso e o pelotão já se aproximava-se da subida final (11km com percentagem de 9,5%), durante esta subida deu para ver os trunfos que Carlos Sastre irá ter à desposição no Tour, caso venha a ser o líder incontestável da Team CSC.

Depois de Gianni Meersman da FDJeux atacar a 8km da meta foi a vez de Jens Voigt, o primeiro elemento do xadrez da CSC a mover-se. Meersman foi incapaz de trabalhar com o seu companheiro de mini-fuga (nunca tiveram mais de 30 seguntos de vantangem), já que o ritmo que Voigt quis impôr era demasiado para este acabando-o por deixar para trás. Voigt resistiu até cerca do 4km para o fim com a Astana a comandar o pelotão já reduzido.

Aí chegou a vez do combo dos irmãos Schleck, com o mais novo a atacar primeiro; o que provocou logo respostas dos adversários directos, Cunego, Devolder, Anton (Euskatel)...e de seguida foi Frank Schleck ao ataque também. Só mesmo Stijn Devolder conseguiu responder prontamente, o belga pareceu-me o mais consistente no dia de ontem, sempre a controlar a corrida e pareceu que não esgotou todas as forças.

Formou-se então um trio na frente com Frank Schleck a comandar; Devolder firme na roda do luxemburguês; e no limite, parecia estar Igor Anton em terceiro lugar do grupo. No entanto Schleck olhava várias vezes para trás a ver se via o seu irmão, não parecia muito tentado em puxar pelo grupo arduamente, ele pretendia era isolar-se; várias vezes atacou mas Devolder manteve-se sempre atrás de si, ontem era impossível.

Foi Damiano Cunego que assumiu a perseguição com Kirchen, Roman Kreuziger (Liquigas) e Oliver Zaug (Gerolsteiner) na sua roda. No quilómetro final já estavam todos juntos e o suíço atacou... Vejam o resto no vídeo deste link pois à semelhança da subida este último quilómetro foi estonteante. (clicar em "laatste kilometer")

Andreas Kloden chegou com Andy Schleck a 30 segundos do espanhol.Os próximos dois dias são considerados planos, podem ver a corrida através deste link a partir das 14.45h.

Resultados.


Saíram duas notícias interessantes no cyclingnews.com (em maior detalhe):

Lance Armstrong aposta em Cadel Evans para a vitória da Volta a França 2008 e afirma que Damiano Cunego nunca ganhará o Tour. Diz também que Stijn Devolder (Quick-Step) deve apostar tal como está a fazer no Tour pois um dia será um futuro vencedor.

Depois de ter renovado o patrocíno para a próxima época, e renovado contrado com Tom Boonen, a empresa Quick-Step está a tentar de tudo para que a estrela belga vá ao Tour, segundo eles já têm acordado anúncios em televisões francesas e Boonen é vital na estratégia de marketing que tinham previsto.