terça-feira, setembro 23

Mundiais já nesta semana.


Começa hoje os Campeonato do Mundo de Estrada em Varese. A história desta cidade italiana tem cruzado com o ciclismo nas últimas décadas, alguns inesquecíveis corredores são desta cidade assim como há algumas corridas conceituadas nesta zona, (desenvolvimento no PEZcylingnews). O calendário das provas assim como a programação da Eurosport pode ser consultado aqui (superciclismo), nos próximos dias realizar-se-ão os contra-relógios enquanto que as provas de corrida de fundo será na sexta-feira para os sub-23 e sábado para os Elites.


Hoje será o contra-relógio de sub23 e apesar de não ser a sua especialidade talvez Rui Costa tenhas chances de um bom resultado, este ano conseguiu uma vitória num contra-relógio no Canadá a contar para a Taça das Nações, contudo era apenas de 8,3km e foi a quarta etapa, portanto os corredores já tinham uns quilómetros “em cima” derivado aos dias antes. Devido a estes factores é difícil avaliar as reais capacidades de Rui Costa e de Vítor Rodrigues, ainda para mais porque a aposta da nossa selecção deverá centrar-se sexta-feira, na corrida de fundo. Segue-se o contra-relógio feminino e depois o masculino. Cancellara já anunciou que não irá estar presente depois da longa e próspera época, assim, irá dar lugar a outro depois de alcançar duas vezes consecutivas o título no contra-relógio. Á espreita irão estar David Zabriskie o meu favorito, Levi Leipheimer, Michael Rogers, Stijn Devolder (Belgium), Gustav Larsson, David Millar e Ivan Gutierrez pela vizinha Espanha.


Na sexta-feira é a prova que eu com certeza não irei perder, a corrida de fundo onde a nossa selecção é bem capaz de conseguir um bom resultado. Tenho grandes esperanças, no entanto os jovens portugueses terão pela frente adversários que já conhecem tais como Marcel Wyss, Jerôme Coppel, Jan Bakelants, Rein Taaramae, Andrey Amador e outras possíveis surpresas...

No dia seguinte será a prova para os Elites Masculinos, onde os olhos estarão postos em dois homens que querem se tornar únicos na história do ciclismo, o espanhol Oscar Freire tem em mente o 4º campeonato do mundo enquanto Paolo Bettini o terceiro consecutivo. Ambos mostraram estar prontos para o seus objectivo principal da época, e também têm as melhores equipas ao seu dispôr. Na Itália, Davide Rebellin poderá fazer o primeiro ataque tal como no ano passado, ou mesmo Cunego e Ballan; na selecção espanhola será Valverde, Rodriguez ou Samuel Sanchez com liberdade para tal. Entre estes, outros que ambicionam pela vitória são: Stefan Schumacher, Fabian Wegman e Gerald Ciolek pela Alemanha; Alexandr Kolobnev pela Russia;Andy Schleck e Kirchen pelo Luxemburgo (Frank ainda em dúvida); Nuyens, Boonen e Philippe Gilbert pela Bélgica; Allan Davis e McEwen pela Austrália; Christian Pfannberger pela Austria e Karsten Kroon pela Holanda. Atendendo ao perfil do percurso são estes que penso que poderão discutir a vitória, enfim, candidatos não faltam!

Portugal irá representado por Sérgio Paulinho, Nuno Ribeiro, José Mendes, Nelson Vitorino, Ricardo Mestre e Tiago Machado, esperemos por boas notícias...

Uma característica especial dos mundiais em relação a outras clássicas é a constante mudança de percurso todos os anos. Isto é de facto relevante pois não acontece como na Milan San Remo, onde já se sabe que vai haver ataques no Poggio, ou o Koppenberg (Tour de Flandres) , o Mur da Fleche Wallone, enfim, torna tudo muito mais imprevisível para o espectador, pois os corredores, certamente estudam a pormenor os locais chave. Outro factor é sem dúvida envergar a camisola do “arco-íris” durante um ano, quando se vence uma corrida, o corredor é reconhecido no momento, mas quando se ganha aqui a visibilidade deste feito é notado durante uma época, esse corredor fica marcado pelo menos numa década de ciclismo. Nesta última década de todos os que obtiveram este título, para além dos já referidos, ainda Tom Boonen, Mario Cipollini e Igor Astarloa, este último foi o único que passou ao lado pois nunca mais se encontrou ao nível da vitória nos Estados Unidos.


Apostei 1 euro no Gerald Ciolek (Alemanha) no betandwin, como a ode era de 16 euros pode ser que tenha sorte...

As três vitórias de Oscar Freire (vídeo)

(Verona, 1999)

Nunca tinha visto a primeira vitória do espanhol e foi de facto brilhante, um pouco de sorte é verdade mas não é qualquer corredor que tem um sentido de oportunidade demonstrada aqui.

(Lisboa, 2001)

(Verona, 2004)

As duas consecutivas de Paolo Bettini:

(Salzburgo, 2006)

(Estugarda, 2007)


Para quem não tem Eurosport, em princípio irá dar para ver gratuitamente, Universal Sports.


Fotos cedidas por: Capture-the-Peloton

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente resultado de Rui Costa.
Temos ciclista para o futuro!