domingo, agosto 31

Equipa ideal

Para não estar sempre a falar de provas e resultados decidi hoje fazer um texto diferente. Creio que, senão todos, grande parte de nós já pensou num grupo de ciclistas que, juntos numa só equipa, fariam dela a melhor formação mundial (pelo menos na nossa cabeça). Baseando-me num misto de gosto pessoal e de qualidade indiscutível cá ficam os meus 9 corredores de eleição para disputar uma grande Volta:

Denis Menchov - é o meu trepador de eleição. Frio, calculista mas com uma tremenda qualidade tanto na montanha como no contra relógio. Todas estas características fazem dele, na minha opinião, um dos 3 melhores ciclista para voltas de 3 semanas da actualidade ou até mesmo o melhor se bem secundado.

Andreas Kloden - do mais profissional que há é um corredor que tem uma disponibilidade tremenda para ajudar a sua equipa independentemente do estatuto que já adquiriu. Como já tive oportunidade de escrever penso que este corredor geriu muito mal a sua carreira sobretudo quando saiu da T-Mobile para vir integrar a Astana. Podia e ia tornar-se o líder da equipa germânica e um dos ciclistas que ficariam para a história do ciclismo num patamar bem elevado. Assim a sua enorme qualidade está a ser desperdiçada em feitos menores mas nada disto me impede de escolher Kloden como o melhor backup para esta equipa.

Bernhard Kohl - é ainda muito jovem mas já mostrou que vai ter um grande futuro. Tem um valor tremendo na montanha e não se safa mal no contra relógio o que faz uma aposta segura para as edições vindouras de qualquer volta com alguma dureza. Nesta formação esperá-lo-ia um trabalho em prol da equipa. Apesar do seu grande potencial há aqui ciclistas já mais credenciados e experientes para liderar.

David Arroyo - não é dos meus favoritos mas no que toca a regularidade e capacidade de trabalho em montanha é muito bom. Se lhe derem espaço é capaz de fazer a diferença mas no trabalho para os líderes é ainda mais útil. Quando em forma é capaz de seguir com os melhores durante toda uma etapa de montanha o que faz dele o gregário ideal para qualquer chefe-de-fila.

Iñigo Cuesta - talvez uma escolha baseada mais no passado do que no presente, o certo é que Cuesta é um ciclista excepcional. As suas fragilidades ao nível do contra relógio fazem com que nunca tivesse atingido grande sucesso a nível individual mas a sua qualidade quando o terreno começa a inclinar faz dele um dos melhores gregários do pelotão.

Fabian Cancellara - é um todo-o-terreno formidável. Penso que só lhe falta mesmo uma vitória no alto de uma montanha porque de resto já venceu em todo o tipo de superfícies imagináveis. Tem uma qualidade ímpar no contra relógio e a sua disponibilidade para ajudar a equipa é também soberba. Prima pela regularidade exibicional, aparecendo quase sempre que a equipa precisa, pelo que raramente a deixa ficar mal.

Jens Voigt - se Cancellara é um TT, Voigt não lhe fica atrás. Apesar da sua veterania mostra-se sempre capaz de grandes feitos onde quer que participe, seja sucesso individual ou colectivo. Este ciclista é um faz tudo, um desenrasca. Ele ataca, persegue, vai buscar água, trabalha em subida, trabalha em descida, finaliza bem, enfim, faz mesmo tudo. É um ciclista altamente importante no plano táctico de qualquer equipa fruto da sua grande versatilidade, em suma, todos gostariam de um ciclista assim.

Erik Zabel - talvez pela sua forma actual não devesse estar numa equipa desta envergadura mas o meu gosto pessoal por este corredor fala mais alto. Apesar de realmente não ser o Zabel doutros tempos, aquele sprinter fortíssimo e extraordinariamente regular, ainda acumula muitas virtudes necessárias a qualquer equipa. A sua regularidade é ainda bem documentada pelas raras vezes que não está nos primeiros lugares sempre que a etapa é discutida ao sprint e actualmente a sua experiência vale ouro no ensinamento das gerações mais novas de sprinters.

Mark Cavendish - simplesmente o melhor da actualidade. Com Zabel no seu lançamento este jovem ciclista ganharia quase com 100% de certeza tudo o que disputasse já para não falar dos conselhos que receberia do mestre de outros tempos. Era muito bonito e interessante vermos a passagem de testemunho entre o melhor sprinter da década compreendida entre 1995 e 2005 (perdoa-me Cipollini) e o melhor sprinter da próxima década. Creio que, depois desta época, já não há dúvidas quanto ao sucesso futuro de Cavendish.


3 comentários:

SempreNaRoda disse...

terias que ter um grande orçamento :)

Sendo assim a minha era a seguinte:

Cadel Evans
Robert Gesink
Philippe Gilbert
Juan Antonio Flecha
Jens Voigt-
Mark Cavendish
Sebastian Langveld
Mario Aerts
Rigoberto Uran


Não sei se era a ideal, talvez não, mas era que eu gostava. Também pagava bem!!

Gabriel disse...

Contador
Kloden
F. Schleck
Gesink
Voigt
Cancellara
Schumacher
Pozzato
Cavendish

Anônimo disse...

Contador ---» Líder
Samuel Sanchez ---» Trepador
Kohl ---» Trepador
Andy S. ---» Trepador
Cancellara ---» CR e Rolador
Flecha ---» Rolador
Cavendish ---» Sprinter
Zabel ---» Lançador
Sérgio Paulinho ---» Gregário