Prova masculina de ciclismo nos Jogos Olímpicos é já no sábado!!

Já falta muito pouco para começar o principal evento desportivo do mundo, de quatro em quatro anos reúne os melhores atletas cuja forma supostamente estará no máximo. No entanto há certas modalidades onde este acontecimento não é prioritário, futebol e também o nosso Ciclismo. Raros os corredores que dedicam o ano a preparar-se exclusivamente para esta corrida, Bettini é o único nome que me vem à cabeça assim de repente, Cancellara também, e ainda mais alguns contra-relogistas.

O ciclismo sendo muito dependente das condições exteriores e sendo os Jogos na China, é talvez um dos deportos onde o sítio onde se vai realizar poderá ter grande impacto no desenrolar da prova. A temperatura muito alta associada a uma elevada humidade e uma poluição também bastante significativa, será determinante na performance dos corredores e muitos irão estranhar este ambiente o que poderá estragar os seus planos. Assim será mais um factor de surpresas, tanto negativas como positivas mas a verdade é que os nativos, que no ciclismo ainda são muito desconhecidos, poderão surprender...

Apesar do enorme esforço da China em baixar os níveis de poluição encerrado grande parte do tráfico na zona de Pequim durante o mês de Julho assim como a maior parte das fábricas, muitos corredores continuam-se a queixar desse problema tanto aqui como na maratona e noutras provas de resistência. Para tentar combater este problema 40 equipas tentaram o convite este ano para a corrida mais conceituada da Ásia e que já se fala que será Pro Tour em 2009, o Qinghai Lake que ocorreu durante o mês de Julho. Uma prova que é feita à volta do lago que lhe dá o nome e realizada a cerca de 2500 metros de altitude.

Gráfico de: www.uci.ch

Voltando aos Jogos Olímpicos o percurso de Ciclismo é extremamento duro, será bastante selectivo pois com o constante sobe e desce da segunda parte será suficiente para que no fim reste pouca gente. Depois dum aquecimento de 80kms começa a tortura, sete voltas a um circuito onde existe uma subida de 11km com média de inclinação pouco menos de 4%. Pelo que li da subida esta é algo irregular, tendo partes de plano mas também rampas de 10%, portanto é ideal para ataques! A descida onde também antecede a meta da corrida depois dessas voltas todas não é muito acentuada nem técnica e é bastante exposta ao vento, será difícil assim alguém dar a sua estacada final durante a descida.

Quantos aos corredores é quase uma lotaria acertar no vencedor, não porque não há favoritos porque os há, mas para além de uma corrida decidida num dia, num momento, ainda existe os factores que referi atrás e também porque falo do Jogos Olímpicos onde a adrenalina está ao rubro.

No entanto uma coisa é certa a Itália e a Espanha irão ser as equipas a tentar controlar a corrida. São as mais fortes sem dúvidas e qualquer corredor nestas selecções tem capacidade para vencer a corrida, Contador, Samuel Sanchez, Valverde, Sastre e Freire assim como Bettini, Bruzeghin, Nibali, Pelizotti e o veterano Rebellin. Contudo, estas duas equipas não vão ter tarefa nada fácil pois ataques irão haver constatemente e a margem de liberdade terá que ser pouca. Os gigantes Gesink e Karpets, a dupla Schleck juntamente com Kirchen e mais a sul o jovem Pierre Roland associado ao experiente Cyril Dessel, ou mesmo mudando de continente Michael Rogers recuperado da lesão de princípio de época ou a esperança dos americanos para o próximo Tour Christian Vandevelde, serão entraves nas aspirações espanholas e italianas. Depois de ter destacado os que têm mais probabilidades de ganhar, gostaria de ver uma autêntica surpresa tal como foi a medalha portuguesa de prata em Atenas 2004.

Em relação a Portugal é pena a ausência dum terceiro corredor, no entanto a esperança é a última a morrer e este deporto sempre me fascinou pois não é preciso ser o mais forte para vencer, assim sendo anseio por uma boa prestação portuguesa e pelo menos que sejam comentados e vistos até quase ao fim.

Startlist.

Li ontem o que aconteceu a Emanuele Sella e é sempre triste especialmente vindo de um corredor que fiquei maravilhado com as suas prestações durante o Giro de Itália. Depois de Riccó era certo que mais alguns iriam ser apanhados e era evidente que Sella poderia ser um dos próximos. Ao contrário de Riccó que já tinha dado provas o ano passado, Sella foi um trepador mediano e só neste Giro é que saltou para a ribalta com as suas excelentes escaladas. Apesar do italiano negar que a usou durante o Giro tal como Riccó, é claro que não é verdade. Esperemos pelos próximos, haverá gente que desespera para que os dias passem e não lhe apareça nenhum médico em casa para controlo surpresa, pois pelo que li os vestígios de EPO no corpo leva cerca de um mês para desaparecer...

Evans já foi avisado para não trazer a sua camisola “Free Tibete”.

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O ínicio da carreira de Mark Cavendish, escrito pelo própio.

Continua a existir muitas dúvidas quanto ao teste positivo de Floyd Landis.