sábado, setembro 20

Vuelta e Volta à Polónia, algumas notas.

Começando pela Vuelta, foi uma bonita etapa a de ontem com a Caisse d’Epargne a fazer um jogo perfeito, mas muito arriscado. Então tinha David Arroyo na fuga e mesmo assim comandou o pelotão toda a segunda parte da etapa? Ok, tendo dois sprinters capazes de vencer nesta chegada não quis permitir uma fuga sem ter lá alguém, mas se conseguiram porquê puxar? Sinceramente não percebo, a não ser que já tivessem um pré acordo com Kyrienka, que o deixavam terminar em segundo caso rebocasse Arroyo para a vitória pois ontem aparentemente para além da CGE ninguém quis estar na frente do pelotão.

No entanto custou-me ver o russo a ficar em segundo, realizou um excelente contra-relógio pois mesmo o françês que ficou para trás não trabalhou muito. Contudo a táctica foi quase por água abaixo quando Nuyens soltou um ataque nos últimos 500 metros, o duo mais uns metros e era alcançado.

Amanhã é a penúltima etapa, o contra-relógio de montanha de 17km que irá decidir o vencedor. Alberto Contador tem 1,17min sobre Leipheimer o segundo classificado, penso que americano ganhará tempo a Contador e talvez consiga vencer a etapa, todavia acho que não tem permissão para vencer a Vuelta mesmo que o conseguisse.

Uma grande alegria no dia de ontem foi no Tour de Pologne. Ora imaginem lá quem ganhou depois de uma fuga a 45km da meta, quem mais poderia ser: Jens Voigt!!!

Depois de uma Volta à Alemanha bastante discreta, devia ainda estar a recuperar dos duros meses antetiores, voltou novamente à boa forma. Numa etapa ao seu estilo, curta com apenas 118km ( inicialmente 201.7km mas devido ao mau tempo foi encurtada), com muita chuva e frio. Já existia um grupo de 7 corredores na frente, mas antes da parte final acidentada Voigt decidiu saltar do pelotão. Ultrapassando um a um pois esse grupo começou a desintegrar-se ele acabou com uma vantagem de 47 segundos sobre o jovem Tony Marton da Team Columbia. Na geral a CSC-Saxo Bank faz a dobradinha com Voigt em primeiro e Lars Ytting Bak em segundo, que não ter visto a etapa...

Fazer ainda referência ao sucesso da dupla brasileira nesta Volta à Polónia, Murillo Fischer (Liquigas) arrebatou a amarela por um dia na segunda etapa ao ficar em segundo atrás de Allan Davis (Quick-Step). Pagliarini (Scott-American Beef) conseguiu também um segundo lugar na 3ª etapa, atrás do italiano da Crédit Agricole Angelo Furlan. Na 4ª etapa os corredores decidiram não finalizar as três voltas ao circuito que lhe restavam, a ver pelas fotos aquilo parecia mais BTT.


A etapa 16 espelhou a crise em que está a Vuelta.

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